Bancários: assembleia ratifica início de greve

Bancários de Piracicaba e Região decidiram ratificar a orientação do Comando Nacional de iniciar a greve amanhã (30). A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária em caráter permanente, realizada na noite de segunda-feira, na sede do Sindban (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região).

A proposta apresentada pela Fenaban no último sábado, 27, foi rejeitada por unanimidade e, também por unanimidade, os bancários ratificaram a greve a partir da 0h de amanhã. A proposta da Fenaban elevou o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação) para os pisos.

O início da greve por tempo indeterminado foi aprovado na assembleia realizada na última quinta-feira, 25, na sede do Sindban. Na oportunidade, foi apresentada aos 164 bancários, representando oito cidades da base, a proposta da Fenaban que era de 7% de reajuste.

“Não queríamos greve, mas os banqueiros nos obrigaram a isso. Apresentaram propostas insuficientes, sem contemplar as cláusulas de saúde, melhores condições de trabalho e contra o assédio moral, levando o movimento a única saída: a greve”, afirmou a presidenta em exercício do SINDBAN, Angela Ulices Savian.

O Sindban representa 2.208 bancários, lotados em 165 pontos de atendimento de 22 cidades.

REIVINDICAÇÕES – As principais reivindicações dos bancários: reajuste salarial de 12,5%; PLR: três salários mais R$ 6.247,00; piso: R$ 2.979,25; vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 cada; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, fim da rotatividade e combate às terceirizações; auxílio-educação: pagamento para graduação e pós; prevenção contra assaltos e sequestros; e igualdade de oportunidades para todos.

PROPOSTA DOS BANQUEIROS – Reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real); piso portaria após 90 dias – 1.240,89 (8% ou 1,55% de aumento real); piso escritório após 90 dias – R$ 1.779,97 (1,55% acima da inflação); piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.403,60 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa, significando 1,55% de aumento real); PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42; auxílio-refeição – R$ 24,88; auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 426,60; auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 355,02; auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 303,70; gratificação de compensador de cheques – R$ 137,97; requalificação profissional – R$ 1.214,00; auxílio-funeral – R$ 814,57; indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 121.468,95; e ajuda deslocamento noturno – R$ 85,03.

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