SRTE-SP debate liberação das obras da ponte em Piracicaba

Com o objetivo de debater a possível retomada nas obras na ponte sobre o Rio Piracicaba, interditada há pouco mais de um ano, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) realizou, na última terça-feira (29), uma reunião entre representantes da concessionária responsável pela obra com o superintendente e a chefia da fiscalização da SRTE-SP, a Gerência Regional de Piracicaba, membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Agência Reguladora dos Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), da Prefeitura de Piracicaba e do Sindicato dos Metalúrgicos da Região.

“Temos total interesse em normalizar a situação, pois a população sofre com os desvios, enfrenta problemas de escoamento da produção e uma série de transtornos. Mas não podemos deixar de levar em conta que o acidente foi muito grave e que várias pessoas morreram”, afirmou o superintendente Luiz Antonio Medeiros. “Estamos avaliando, no primeiro momento, a desinterdição parcial, para que os escombros possam ser removidos”, explicou Medeiros.

A obra da ponte sobre o Rio Piracicaba, no interior paulista, foi interdita no dia 3 de julho de 2013 após a queda de um pilar de sustentação ter provocado a morte de cinco operários e deixado outros cinco feridos. Na época, o laudo de interdição foi assinado pelo superintendente Medeiros e o Ministério do Trabalho determinou que as causas do acidente fossem apuradas para que novos acidentes fossem evitados.

Para os próximos 30 dias, a SRTE-SP aguarda que a empresa entregue à Artesp um projeto de reconstrução e reforço das pontes, além de uma série de documentos que foram requisitados pelos auditores fiscais do Ministério do Trabalho, entre eles o laudo produzido pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) sobre as causas do acidente.

No período em que a ponte foi interditada, a Construtora Tardelli, responsável pela obra, já havia recebido mais de 40 autuações do MTE referentes a irregularidades com relação à saúde e à segurança dos trabalhadores, além de ter sido responsabilizada por um acidente que feriu gravemente dois operários, no mesmo local.

“Por isso estamos sendo cautelosos na liberação. Esperamos que a empresa apresente os documentos e projetos que serão avaliados pela nossa fiscalização. Temos que ter segurança de que acidentes dessa gravidade não voltem a ocorrer”, afirmou Medeiros.

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