Os grandes sovinas de Piracicaba

Em Piracicaba, como em qualquer outra cidade provinciana, basta uma pessoa ser econômica ou não gostar esbanjar dinheiro que logo é tachada de sovina. De pronto, torna-se conhecida e sobre ou acerca dela surgem os apelidos, as piadas e os casos que acabam se incorporando ao folclore da cidade. Se foram fatos acontecidos ou se não “causos”, ninguém mais sabe. Eduardo Fernandes Filho, o argentino mais piracicabano de nossa terra e excelente contador nos dois sentidos – contabilista e “causeur” passou alguns para A PROVÍNCIA. O CONCURSO DE ASSOBIO Dizem, os que ainda se lembram da bela chácara que existia onde hoje se localiza o bairro Cidade Jardim, que a mesma era formada por inúmeras e frondosas árvores frutíferas. Seu dono, “Pedro Rico”, também entrou para o folclore da sovinice piracicabana. Na época das jaboticabas maduras, só havia um jeito de colhê-las: subindo cuidadosamente por entre seus galhos e colocando os frutos negros, de casca fina e quase estourando com o caldo doce e saboroso, em uma cesta. Isso era coisa que toda a molecada sempre foi perita em fazer. Contam que nessa época, então, “Pedro Rico” instituía um concurso de assobio entre vários grupos de moleques. Entregava uma cesta e designava uma jaboticabeira carregadinha a cada um. À medida que os meninos iam subindo nas árvores, apanhando as frutas, “Pedro Rico”, embaixo, ia dirigindo o campeonato: -Pedrinho, tá desafinado. – Zezinho da Maria, tá muito baixo, quase não escuto. – Zé da Quitéria, por quê parou? E assim o concurso prosseguia até todos voltarem para baixo com as cestas trasbordantes. O prêmio? Um punhadinho de jaboticabas para o Quincas e um valente “carreirão” nos outros que haviam parado de assobiar, porque, logicamente, estariam com a boca ocupada em trincar a casca luzidia de suas preciosas frutas. Os grandes sovinas de Piracicaba Em Piracicaba, como em qualquer outra cidade provinciana, basta uma pessoa ser econômica ou não gostar esbanjar dinheiro que logo é tachada de sovina. De pronto, torna-se conhecida e sobre ou acerca dela surgem os apelidos, as piadas e os casos que acabam se incorporando ao folclore da cidade. Se foram fatos acontecidos ou se não “causos”, ninguém mais sabe. Eduardo Fernandes Filho, o argentino mais piracicabano de nossa terra e excelente contador nos dois sentidos – contabilista e “causeur” passou alguns para A PROVÍNCIA. O CONCURSO DE ASSOBIO Dizem, os que ainda se lembram da bela chácara que existia onde hoje se localiza o bairro Cidade Jardim, que a mesma era formada por inúmeras e frondosas árvores frutíferas. Seu dono, “Pedro Rico”, também entrou para o folclore da sovinice piracicabana. Na época das jaboticabas maduras, só havia um jeito de colhê-las: subindo cuidadosamente por entre seus galhos e colocando os frutos negros, de casca fina e quase estourando com o caldo doce e saboroso, em uma cesta. Isso era coisa que toda a molecada sempre foi perita em fazer. Contam que nessa época, então, “Pedro Rico” instituía um concurso de assobio entre vários grupos de moleques. Entregava uma cesta e designava uma jaboticabeira carregadinha a cada um. À medida que os meninos iam subindo nas árvores, apanhando as frutas, “Pedro Rico”, embaixo, ia dirigindo o campeonato: -Pedrinho, tá desafinado. – Zezinho da Maria, tá muito baixo, quase não escuto. – Zé da Quitéria, por quê parou? E assim o concurso prosseguia até todos voltarem para baixo com as cestas trasbordantes. O prêmio? Um punhadinho de jaboticabas para o Quincas e um valente “carreirão” nos outros que haviam parado de assobiar, porque, logicamente, estariam com a boca ocupada em trincar a casca luzidia de suas preciosas frutas.

Deixe uma resposta