Saúde, na década de 50: tifo, difteria, alastrim

Já ao final da década de 50, Piracicaba ainda enfrentava, na periferia, grande número das chamadas “fossas negras”, não poucas vezes cheias, extravasando seu conteúdo pelas ruas, com odor insuportável.

Apesar dos esforços do Centro de Saúde, em 1957 elas eram 3.824 ; um ano depois, haviam diminuído para 2.581.

Segundo o médico sanitarista Cândido Faria Alvim — pai do atual vice reitor administrativo da UNIMEP, Gustavo Alvim — em publicação feita em abril de 1959, no “Jornal de Piracicaba”, essa situação se relacionava diretamente à incidência de várias doenças e até de epidemias registradas na cidade.

Estatística por ele levantada indicava, por exemplo, que um dos maiores problemas da década fora a difteria. Em 1950, haviam sido notificados 274 casos e confirmados 107; no ano seguinte, as notificações chegaram a 659 e as confirmações a 168, enquanto em 1952 os números foram, respectivamente, 506 e 129. Mas o próprio médico informava duvidar dos resultados laboratoriais, que contrariavam os exames clínicos e não positivaram muitos dos diagnósticos como verdadeiros.

Houve, também, preocupação com o tifo que, entre 1950 e 1953, teve, progressivamente, a confirmação de 44,17,24 e 19 casos, com 3,5,2 e 3 óbitos. O médico relaciona, ainda, o registro , em 1951, de 12 casos de varíola, 38 de varicela e 48 de alastrim.

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