A HISTÓRIA QUE EU SEI (XCIII)

A morte de Cássio Padovani
Finalmente, por determinação de seus médicos de Piracicaba, Cássio Paschoal Padovani foi, no início de Março de 1972, consultar o dr. Euriclides de Jesus Zerbini e sua equipe com mais de 30 médicos. O diagnóstico era grave: “obstrução das artérias coronárias e aneurisma no ventrículo esquerdo.” Havia necessidade de cirurgia urgente. A gravidade era tal que o próprio Cássio Padovani, tendo conhecimento da situação e intuindo-a, passara por Campinas e deixara, com o Coronel Rubens Resstel, farta documentação sobre a sua administração e a situação financeira do município. Já havia antecedentes, que causaram a cassação de Salgot Castillon, sobre desaparecimento de documentos da Prefeitura. Outra providência tinha sido adotada: Lázaro Pinto Sampaio passava a assumir a Chefia do Gabinete do Prefeito. Cássio mesmo às vésperas de uma delicada intervenção cirúrgica, imprevisível naqueles tempos, recusava-se a deixar a Prefeitura; antes de ir para a sala cirúrgica, Cássio enviou um último recado: “Avisem o Lazinho para não se esquecer de publicar o boletim financeiro da Prefeitura, em caso de eu morrer…”

A operação teve êxito. Mas Cássio não resistiu à fase pós-operatória, morrendo às 23h55 do dia 7 de março de 1972, no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. No dia 8 de março, tomava posse, como prefeito de Piracicaba, o vereador Homero Paes de Athayde, Presidente da Câmara Municipal.

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