infantilidade (para Manoel de Barros)
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palárvores
balançam ao vento
e cumprem a impermanência
de não serem elas mesmas
apoemando-se
aguando desertos
passarando árvores
pedrando córregos limpos
arvorando ruas
barulhando silêncios
florando securas dessa mina de afetos
doçando o sal que abrasa mares
aforando de interiores escuros,
solarando tristezas
domingando quaresmas
argilando sonhos
sapando brejos
pirilampando espaços desluados
vidrando transparências
marmorando seixos
janelando paisagens pálidas
granitando silêncios
num pacto com a mudez
carinhando carícias
noitando tardes que não querem
deixar o dia
parindo sonhos de sonos apertados
entre cansadas vias.
vou arquitetando passos
(sem entregar minha vida
ao passante tempo)
e metaforando olhares,
por esta
(Newman)