Navalha na Carne será encenada no Sesc

Foto: Victor Hugo Cecatto

Encenando uma das peças teatrais brasileiras mais conhecidas, Luisa Thiré, Alex Nader e Ranieri Gonzalez chegam ao Sesc Piracicaba com o espetáculo Navalha na Carne. A apresentação acontece nesta quinta-feira, 15, às 20h, no Teatro da unidade. A montagem, que integra a programação do Em.Cena.Ação, revela conturbadas relações humanas em um submundo marginalizado. Os ingressos já estão à venda: R$ 17 (inteira), R$ 8,50 (meia entrada) e R$ 5 (Credencial Plena).

O Em.Cena.Ação realiza uma programação mensal de espetáculos teatrais que contempla a produção contemporânea em sua diversidade de técnicas e temas, ofertando montagens de novos e consagrados dramaturgos, encenadores e atores. Navalha na Carne também faz parte do programa Circuito Sesc de Teatro, ação que procura estimular a circulação de espetáculos e atividades de desenvolvimento artístico pelas unidades do Sesc e espaços parceiros. A montagem já passou por Campinas e estará também nas cidades Jundiaí, Santos e Osasco.

A montagem tem como idealizadora e atriz a neta de Tônia Carreiro, Luisa Thiré. Cinquenta anos separam as duas interpretando a personagem Neusa Sueli, de Navalha na Carne. A nova montagem foi concebida também como uma homenagem a atriz que faria, no dia 23 de agosto, seus 97 anos. “Para mim, ela foi a avó mais linda, mais generosa, carinhosa, talentosa e esplendorosa do mundo! Me ensinou muita coisa, me pegou pela mão e me mostrou essa estrada linda da arte, do teatro, caminho que vou percorrendo desde então, seguindo seus passos, sempre tão firmes. Em cada cena, cada palavra, cada texto, cada palco em que eu pisar, minha avó estará comigo, sempre”. A direção do espetáculo é de Gustavo Wabner.

A peça escrita por Plínio Marcos, em 1967, conta a história de três personagens cujas diferenças e visões distintas do mundo corroboram para que haja conflitos intensos e inflamados em apenas um ato, trazendo uma tonicidade existencial ao falar da mulher. Neusa Sueli é uma prostituta decadente e explorada por Vado, seu cafetão. Em meio a brigas e desavenças, ela vai às ruas para ganhar dinheiro, enquanto Vado sai com outras mulheres e passa a vida sossegado. O que eles não esperavam, era que Veludo, um homossexual que trabalha como faxineiro, roubasse todo o dinheiro que Neusa Sueli deixou para seu cafetão, em cima do criado mudo, antes de sair para mais uma noite de trabalho. Ao retornar da rua, Neusa é intimada por Vado, que inicia uma acirrada discussão com a amante.