Fofão do vôlei e atração no Sesc

Foto: Acervo pessoal

A ex – levantadora e medalhista olímpica, considerada muitas vezes a melhor jogadora do mundo em sua posição, Fofão relata sua trajetória vitoriosa no voleibol no workshop “O vôlei campeão da Fofão” que integra a programação do Representatividade importa: mulheres negras em evidência do Sesc Piracicaba. A atividade acontece nesta quarta, 3 de abril, às 16h30 para crianças e às 18h30 para adultos, no ginásio da unidade. O evento é gratuito e aberto ao público.

Fofão começou praticar voleibol com 8 anos, passando por várias equipes e aos 19 anos de idade teve sua primeira convocação para a Seleção Brasileira onde ficou 17 anos vestindo a camisa do Brasil e desde 1997 sendo capitã da equipe e considerada muitas vezes a melhor na sua posição, sendo hoje a única mulher do vôlei brasileiro a participar de 5 Jogos Olímpicos conquistando 3 medalhas, sendo 2 de Bronze e a inédita de Ouro em Pequim 2008, vindo a ter uma carreira vitoriosa, jogando até os 45 anos de idade e totalizando 30 anos de carreira.

Trajetória

Hélia Rogério da Souza (Fofão) é filha de uma família de sete irmãos, nascida em 10 de março de 1970 e criada no bairro de Lauzane Paulista, na zona norte de São Paulo. Quando criança era frágil e adoecia com frequência e, então, começou a fazer aulas de Educação Física na escola. Percebeu que aquilo lhe fazia bem. A professora de Educação Física notou suas habilidades e ofereceu a oportunidade de busca e aperfeiçoamento no voleibol, no Centro Olímpico do Ibirapuera, onde treinou por três anos.

Em 1985 o técnico João Crisóstomo a viu jogar e a levou para treinar no Pão de Açúcar onde se profissionalizou. Começou jogando como atacante e foi convencida a mudar de posição devida sua estatura. Em 1990 sua primeira convocação aconteceu já para a seleção adulta. No ano seguinte ganhou medalha de prata nos jogos Pan- Americanos de Havana. Em 1992, foi aos Jogos Olímpicos de Barcelona, sendo sua primeira participação. Em 1996 foi medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta.

Em 1999 participou da renovação do time da Seleção Brasileira, que ganhou medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, 1999 e, também, o Grand Prix. Conquistou novamente a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000. Ficou fora da seleção em 2001 e 2002. Em 2004 chegou a 4º colocação nos Jogos Olímpicos de Atenas e, depois disso, foi jogar na Itália onde conquistou todos os títulos disputados pelo clube que jogou. Em 2006, voltou para Seleção Brasileira para assumir a função de levantadora titular.

Em 2007 foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Naquela seleção, além de líder e capitã, foi também referência para muitas atletas mais novas. Em 2008, nos Jogos Olímpicos de Pequim veio sua consagração como capitã da primeira equipe brasileira a conquistar medalha de ouro olímpica. Em 2015 aposentou-se aos 45 anos e permanece como a jogadora mais vitoriosa da história do voleibol, neste mesmo ano foi eternizada no Hall da Fama nos EUA, um fato inédito de ser consagrada no mesmo ano de sua aposentadoria.

Em 2018 lança o livro “Toque de Gênio” e o documentário “Brilhante”, no qual conta toda sua trajetória antes e depois de virar Fofão em detalhes sobre conquista de títulos, suas dificuldades na carreira e como as superou.