Novembro azul: exposição reúne fotos e relatos de pacientes do HFC

Conscientizar é prevenir, especialmente quando o assunto é saúde. Pensando nisso, o Shopping Piracicaba e o Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (HFC) prepararam mais uma edição da exposição fotográfica Retratos de uma nova vida, em homenagem, este mês, ao Novembro Azul. A mostra tem início sábado (28) e segue até dia 15, no corredor da Ri Happy.

Dez pacientes do Centro de Oncologia (Ceon), que estão em tratamento contra o câncer de próstata, contaram suas histórias de superação e falaram sobre o preconceito que impede muitos homens de fazerem os exames preventivos. As fotografias mostram a garra e também a importância de se ter apoio neste momento da vida.

“Infelizmente ainda temos muitos homens que deixam de fazer o exame de toque retal por preconceito e falta de informação, com essas histórias queremos mostrar a importância de se cuidar”, disse o presidente do HFC, José Coral.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), que pode ter aspecto de comportamento com lenta evolução ou elevada agressividade, e exige tratamento imediato.

As melhoras obtidas no tratamento e programas de rastreamento, com diagnósticos mais precoces, tem propiciado uma redução das taxas de mortalidade, principalmente nos países desenvolvidos.

Entre as histórias está a do Paulo Camolesi, que descobriu o câncer de próstata e já venceu a doença. “Seria ingênuo dizer que fazer o tratamento do câncer é fácil, só quem passa pode dizer. O importante é enfrentar com serenidade, bravura e apoio da família. Para você que medo de fazer o exame de toque e acha que nunca vai acontecer nada: cuidado, a vida é preciosa, cuide dela com carinho e nunca se esqueça de que a prevenção é o melhor remédio”, ressalta ele.

A exposição também traz a história de Luiz Baptista de Oliveira, que só procurou ajuda médica quando os sintomas começaram a atrapalhar sua qualidade de vida. “Já tinha dificuldades para urinar, mas só depois de cinco anos é que fui ao médico. Até então não tinha feito os exames que ajudam a detectar precocemente o câncer de próstata. Eu sempre deixava para fazer os exames depois e nunca ia. Com isso, quando descobri, já estava com a doença. Fiz os exames com 62 anos de idade e hoje ainda continuo em tratamento”, conta.

Como o Luiz, muitos homens deixam de fazer o exame de toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico), que são fundamentais para rastrear a doença. O oncologista do HFC, Dr. Alberto Sagarra, explica que, internacionalmente, exames de rastreamento são indicados aos homens em idade entre 45 e 75 anos.

“Recomenda-se determinação do marcador sanguíneo PSA, complementado com toque retal. Exames para determinação do PSA devem ser realizados a intervalos entre um e quatro anos, segundo os fatores de risco de cada paciente, que deverão ser adequadamente avaliados pelo urologista”, explica.