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Vulnerabilidade social infantil é tema de exposição no Centro Cultural Martha Watts

Instalação utiliza suportes interativos, óculos de realidade virtual e projeção em tecidos FOTO PAULO MUNHOZ

Foto: Divulgação

Financiada pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Prefeitura Municipal de Piracicaba e Secretaria da Ação Cultural e Turismo (SemacTur), a exposição multimídia intitulada “Museu de Memórias Fugazes” será aberta no Centro Cultural Martha Watts, no centro de Piracicaba, na próxima segunda-feira, 4. A entrada é gratuita.

O objetivo é trazer à tona as memórias e as vivências de crianças em situação de vulnerabilidade social. A instalação, que utiliza suportes interativos, óculos de realidade virtual, paisagem sonora e projeções sobre tecidos, é coordenada pelo fotógrafo e psicólogo Paulo Munhoz. A musicista, professora e pesquisadora Ester Ferreira atua na construção e composição da paisagem sonora.

“Entre os intuitos está o de promover a reflexão do uso da tecnologia como uma ferramenta de comunicação parcial, gerar reflexão, de forma a trabalhar questões fundamentais como a diversidade e, ainda, oferecer uma vivência artística voltada às novas tecnologias artísticas ao público em geral”, afirma Munhoz.

OUTROS ESPAÇOS 

 Após passar pelo Museu Prudente de Moraes e, depois do Centro Cultural Martha Watts, a mostra irá ainda, nos primeiros meses de 2019, a outros importantes espaços culturais da cidade: Teatro Municipal Dr. Losso Netto, 12 a 17, e Armazém 5 do Engenho Central, 19 a 25.

MEMÓRIAS E IDENTIDADE – Ao longo de sua trajetória profissional, Munhoz tem criado obras que buscam revelar o interior e as experiências dos indivíduos de forma interativa ou por meio de suportes alternativos. Ao pesquisar os sentimentos e as percepções das crianças e adolescentes em instituições de acolhimento e vivenciar essa realidade transitória, o artista observou que tais jovens passam por adaptações, transformações e redefinições de sua identidade.

Em sua obra “Estudos Históricos, Memória e Identidade Social” (1992), Michael Pollack explica que a memória é um fenômeno social e coletivo, construído em grupo e submetido a transformações constantes. Ela transmite a cultura local herdada e é constituída por acontecimentos vividos socialmente.  De acordo com o autor, a memória é seletiva, uma vez que nem todos os fatos ficam registrados e os indivíduos só têm recordações dos momentos que ficaram marcados subjetivamente.

Já Elizabeth dos Santos, em “A Construção Social da Memória” (2000), fala que a recordação é afetada por transformações inconscientes, em função e interesses e sentimentos, individuais ou coletivos. Nessa perspectiva, a memória coletiva só se efetiva na medida em que os sentimentos, pensamentos e ações de cada indivíduo são expressos nos meios e circunstâncias sociais, onde este possui vínculo, convivência e conhecimento.

“O objetivo do trabalho é evidenciar gravações dos conteúdos internos e percepções das pessoas acolhidas por essas instituições, mantendo suas memórias em uma espécie de plano virtual, para que possam ser acessadas, garantindo seu reconhecimento e abrindo uma janela para o passado, que é constituído por fatos bons ou ruins, que nos fazem quem somos”, completa o coordenador.

 

Informações sobre o evento

Datas e horários

04/02/2019–08/02/2019

Local

Centro Cultural Martha Watts

Rua Boa Morte, 1257

CEP 13400-140

Piracicaba, SP

  • (19) 3124-1889

Ingressos

  • Grátis
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