Berros de mau cabrito

picture (29)Se, ainda recentemente, lamentávamos o silêncio de Almir Maia e de Gustavo Alvim diante dos escombros em que se vão transformando UNIMEP e Colégio Piracicabano, já não podemos dizer o mesmo de Davi Barros, tornado feitor das instituições metodistas. Pois se Almir Maia e Gustavo Alvim se mostram bons cabritos, deixando de berrar até mesmo quando sacrificados por injustiças e danos morais, Davi Barros se revela péssimo, escandaloso, desesperado cabrito, berrando a plenos pulmões ao perceber a degola. Fosse cabrita, diríamos que os berros são histéricos.

Davi Ferreira Barros acaba de, no e-mail enviado a seus “irmãos de seita”, apunhalar, com golpe final de morte, a UNIMEP, o Colégio Piracicabano, o IEP e as instituições metodistas. Pois anunciou, alto e bom som – no berro escandaloso de mau cabrito – que a própria Igreja Metodista não deve manter “instituição que não pode governar, que está quebrada por gestões vaidosas, incompetentes ou omissas.” E tenta se poupar de qualquer responsabilidade pelo que ele declara, com todas as letras, ser “falência financeira” do IEP.

Eis, portanto, a verdade revelada por um náufrago, por um comandante que pensou pudesse administrar uma universidade e uma instituição de cultura secular como o Colégio Piracicabano como antigo e cruel feitor, cuidando de senzalas inadmissíveis. A revelação: o barco afundou, o IEP está falido, a Igreja Metodista não tem condições de administrar suas instituições, embora Piracicaba tivesse sido, sempre, a jóia rara da coroa. Ou a vaca leiteira que manteve tantos bezerros dependentes. Por que, depois dessa declaração de falência e de incompetência da Igreja Metodista como mantenedora, haveria, alguém, de confiar na seriedade dos destroços que Davi e o Colégio Episcopal criaram?

Davi Barros responde, sim, por processos movidos pelo Ministério Público Federal, com denúncias graves que, mesmo ainda não julgadas, já mancharam a reputação da Igreja Metodista, antes tão zelosa e ciosa de sua dignidade histórica e secular. Com Davi Barros e com meia dúzia de medíocres administradores – que almejam uma igreja lucrativa, com êxito de mercado – a Igreja Metodista aceitou e acolheu um jogo infeliz, amargo e triste, que lhe conspurca um passado glorioso, ainda sobrevivente, porém, naqueles que resistem e que zelam por esse patrimônio humano e religioso inavaliável.

O pedido de socorro de Davi Barros é o de um general sem exército, de um Brancaleone que, depois de tanto blefar, olha para trás e para os lados e nada enxerga, com mais ninguém conta. De tanto trair, perdeu a confiança de quase todos; de tanto tentar ser esperto, revelou inseguranças e fragilidades patéticas. Para qualquer observador com um mínimo de experiência, o pedido de socorro de Davi Barros soa, também, como advertência e ameaça dos também desesperados: “Ou vocês me ajudam ou levo todos comigo.” Ou, como fala o sábio piracicabano – daqueles da rua do Porto, que Davi Barros também renegou – “ou vocês me ajudam ou, então, truco no resto.”

Davi Barros, como bebê chorão e mau cabrito, sente-se caluniado, ele que foi cruel e maldoso para com tantos pais e mães de família, ele que tanto mal causou a professores e funcionários, ele que foi impiedoso e anti-cristão com sua própria gente. Davi Barros perdeu o mínimo de respeito que fazia por merecer há muito tempo. Agora, parece que ele próprio já não mais se respeita, gesto final de suicidas. A vaia com a qual foi julgado por estudantes em Santa Bárbara, a maneira como ficou acuado como cachorrinho assustado – esses são símbolos do achincalhe a que a cúpula da Igreja Metodista se permitiu, alimentou e prestigiou. Quando mau cabrito berra, acenda-se o fogo e preparem-se os espetos para o guisado. Bom dia.

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