Davi, “persona non grata”

picture (31)É absolutamente imperdoável que a Câmara de Vereadores de Piracicaba e o atual prefeito, Barjas Negri, continuem impassíveis diante dos verdadeiros atentados culturais e morais que a nova cúpula da Igreja Metodistas, através de seu preposto Davi Ferreira Barros, cometem a Piracicaba. Pois não se trata mais de violentações à educação metodista criada pelos metodistas notáveis do passado, por um patrimônio apenas educacional. Trata-se, agora, de uma violentação a valores piracicabanos, pois Piracicaba é a maior responsável por tudo o que os metodistas do passado aqui construíram, sonharam e erigiram. A Igreja Metodista foi beneficiária da luta de um povo, ao qual Davi Ferreira Barros pertenceu, com uma infância triste e complexada e que, agora, trai como se fosse um Judas de botinas. Até para ser traidor de sua terra, Davi Barros é medíocre.

A nova cúpula da Igreja Metodista já mostrou pouco estar se incomodando com o significado do Metodismo e da grande obra secular em Piracicaba. Seu interesse, cada vez mais claro, está em como e quanto usufruir de bens e de patrimônios que custaram suor e lágrimas dos piracicabanos, desde quando os Moraes Barros acolheram os pioneiros da obra metodista. Ora, o grupo majoritário do atual Colégio dos Bispos Metodistas pouco está se importando com a história, com o passado, com a participação de uma cidade e de um povo, de gerações de pessoas e de famílias que se tornaram construtoras dessa grande obras. É um Colégio que se mostra interessado em usufruir, num comportamento absolutamente materialista e indigno de princípios verdadeiramente cristãos, que são respeitosos à história, à tradição, às origens e aos alicerces.

Davi Ferreira Barros está a serviço dessa sanha materialista de um episcopado que não sabemos mais se fraco, se conivente, se omisso, se acovardado ou se, apenas, incompetente e farisaico. Davi Ferreira Barros é personagem freudiano, com o rancor bíblico dos complexados e dos fracos que, não conseguindo um lugar ao sol por si mesmo, tenta impor sua fraqueza ambiciosa aos mais fracos. É um traidor de Piracicaba, mesmo que se coloque como o líder de uma facção metodista que mais se aproxima de seitas ambiciosas que já levaram seus líderes à prisão, por charlatanismo e ilegalidades.

Ora, a Igreja Metodista sabe que Davi Ferreira Barros está sendo processado pelo Ministério Público Federal desde a sua passagem pela universidade de São Bernardo. Ele responde por processos que, na direção da escola metodista cuja mantenedora é a Igreja Metodista, por crimes de sonegação previdenciáira e contra a ordem tributária, tendo, inclusive, sido alertado pela Polícia Federal – como ele próprio confirmou – de que poderia ser preso caso insistisse em suas ações delituosas. Está, ainda sendo processado – como antigo diretor daquela universidade e homem de confiança da Igreja Metodista, além de superintendente do Cogeime – por “subtração de ou inutilização de livro ou documento” e por “crimes contra a administração pública.” Uma das ações penais tem o número 2006.61.14.006662, daquela data, assinada pela Procuradora da República Cristiane Bacha Canzian Casagrande.

Davi Barros, se fôssemos tomar como comparação o esquema das antigas máfias italianas, ou seria um pau mandado, obediente servidor de um esquema deletério ou, então, poderia ser considerado como “capo del capi”. Pois está evidente que o esquema do atual metodismo é eivado de irregularidades, de ilegalidades, de dribles à justiça, de aproveitamento inadequado de benefícios fiscais, de desrespeito às responsabilidades de entidade filantrópica que o Brasil já começa a chamar de “pilantrópicas”.

Davi Barros, com fúria desvairada, tem sido um inimigo de Piracicaba, de valores dos quais somos orgulhosos e que cultuamos com respeito reverencial, como o Colégio Piracicabano, a Unimep e, também, a antiga, honrosa e digna Igreja Metodista que parece nada mais ter a ver com um grupo sedento de poder e de posses como esse que a comanda. A Câmara Municipal, em protesto contra essa indecência e em defesa de uma Piracicaba assustada e perplexa, não erraria em, já que gosta de criar títulos e diplomas, aprovar um que Davi Barros merece: o de “persona non grata a Piracicaba”. Extensivo, aliás, a membros coniventes, silenciosos e gananciosamente cúmplices do Colégio Episcopal Metodista dominante.

A situação chegou a tal nível de gravidade que não será de estranhar se, a partir de agora, Davi Barros e seus companheiros não precisarem se ocultar de vaias e de manifestações indignadas de reprovação. São pessoas que não merecem conviver com os piracicabanos. E Piracicaba não pode mais acolher instituições que nos desrespeitem.

Enquanto a Câmara brinca de silêncio, A PROVÍNCIA dá, a Davi e aos bispos omissos, o nosso maior troféu, o que premia medíocres e inconvenientes a Piracicaba, o Troféu Gurigui. Que façam bom proveito. E bom dia.

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