Tevê e liberdade

picture (6)Jornalistas, seremos sempre os últimos a admitir um arranhão que seja à liberdade de pensamento. Quanto à plena liberdade de expressão, essa é discutível, pois há limites. Não há democracia sem liberdade. E, no entanto, urge estar vigilante sempre, seja quanto às ameaças como quanto aos abusos. E estes últimos não têm sido avaliados com a severidade que uma sociedade saudável precisaria exigir. Pois a liberdade não é um bem absoluto. Há limites que se impõem, especialmente para a imprensa, através de uma ética que não pode ser rompida, a menos que se pretenda transformar um bem em causa de males irreparáveis. Onde houver ética, lá estarão impedimentos, restrições. E a liberdade, de expressão especialmente, não pode ter a pretensão de estar acima e além do bem e do mal.

Tem havido, no Brasil, uma reação quase automática a quaisquer restrições ao que se pretende impor como liberdade absoluta. Parecemos, em alguns anos, o cãozinho de Pavlov, que fica salivando ao que lhe atiça os reflexos. Foi como se a ditadura nos condicionasse a uma repulsa imediata a toda e qualquer forma de arbítrio. E isso é formidável, pois a consciência democrática de um povo é que forjará uma nação livre e democrática. No entanto, essa liberdade total e absoluta não existe e nem sequer pode ser defendida. As leis, o direito, a Justiça são forças institucionais que limitam o ser humano civilizado. Assim, há coisas que, mesmo quando as queremos e desejamos, não podemos e nem devemos fazer. Quando se extrapolam os limites da lei e das convenções sociais, há que ser-se responsabilizado. É essa a palavra-chave: responsabilidade. Bata-se, pois, na tecla: liberdade verdadeira é a que cobra responsabilidade. Portanto, uma liberdade responsável.

Até recentemente, intelectuais se arrepiavam em seus pruridos libertários diante de qualquer limite à televisão. Brandiam suas armas ferozes praguejando contra a censura, como se a televisão tivesse poderes divinatórios que lhe desse direito a fazer o que bem entende. Cobrar responsabilidade nada tem a ver com censura. Mesmo porque a televisão – como as emissoras de rádio – é uma concessão do governo, que representa um povo, e não uma propriedade particular. O povo, através do governo, concede o direito de alguém ter rádio e televisão mediante certas exigências e desde que assuma responsabilidades claras. Logo, a televisão e o rádio não podem se transformar em instrumentos desagregadores, contrariando ou violando valores que são parte da alma nacional. A questão não é de liberdade de expor, de mostrar, de divulgar – mas de impedimentos legais de fazê-lo.

A televisão brasileira, de maneira quase geral, parece ter feito uma opção pela baixaria, pelo ruim, pelo feio. Enquanto a Nação como um todo se mobiliza no esforço de educar, grande número de programas de televisão caminha em direção oposta, deseducando. E a sociedade, finalmente, reagiu, conforme se vê pelos manifestos e petições elaborados por entidades respeitáveis, por instituições sérias, exigindo um basta aos espetáculos de mundo-cão promovidos pela televisão. Os interesses comerciais de emissoras e de programas não podem prevalecer sobre os valores espirituais de uma sociedade que se pretenda saudável. O Brasil está afogando-se na Jornalistas, seremos sempre os últimos a admitir um arranhão que seja à liberdade de pensamento. Quanto à plena liberdade de expressão, essa é discutível, pois há limites. Não há democracia sem liberdade. E, no entanto, urge estar vigilante sempre, seja quanto às ameaças como quanto aos abusos. E estes últimos não têm sido avaliados com a severidade que uma sociedade saudável precisaria exigir. Pois a liberdade não é um bem absoluto. Há limites que se impõem, especialmente para a imprensa, através de uma ética que não pode ser rompida, a menos que se pretenda transformar um bem em causa de males irreparáveis. Onde houver ética, lá estarão impedimentos, restrições. E a liberdade, de expressão especialmente, não pode ter a pretensão de estar acima e além do bem e do mal.

Tem havido, no Brasil, uma reação quase automática a quaisquer restrições ao que se pretende impor como liberdade absoluta. Parecemos, em alguns anos, o cãozinho de Pavlov, que fica salivando ao que lhe atiça os reflexos. Foi como se a ditadura nos condicionasse a uma repulsa imediata a toda e qualquer forma de arbítrio. E isso é formidável, pois a consciência democrática de um povo é que forjará uma nação livre e democrática. No entanto, essa liberdade total e absoluta não existe e nem sequer pode ser defendida. As leis, o direito, a Justiça são forças institucionais que limitam o ser humano civilizado. Assim, há coisas que, mesmo quando as queremos e desejamos, não podemos e nem devemos fazer. Quando se extrapolam os limites da lei e das convenções sociais, há que ser-se responsabilizado. É essa a palavra-chave: responsabilidade. Bata-se, pois, na tecla: liberdade verdadeira é a que cobra responsabilidade. Portanto, uma liberdade responsável.

Até recentemente, intelectuais se arrepiavam em seus pruridos libertários diante de qualquer limite à televisão. Brandiam suas armas ferozes praguejando contra a censura, como se a televisão tivesse poderes divinatórios que lhe desse direito a fazer o que bem entende. Cobrar responsabilidade nada tem a ver com censura. Mesmo porque a televisão – como as emissoras de rádio – é uma concessão do governo, que representa um povo, e não uma propriedade particular. O povo, através do governo, concede o direito de alguém ter rádio e televisão mediante certas exigências e desde que assuma responsabilidades claras. Logo, a televisão e o rádio não podem se transformar em instrumentos desagregadores, contrariando ou violando valores que são parte da alma nacional. A questão não é de liberdade de expor, de mostrar, de divulgar – mas de impedimentos legais de fazê-lo.

A televisão brasileira, de maneira quase geral, parece ter feito uma opção pela baixaria, pelo ruim, pelo feio. Enquanto a Nação como um todo se mobiliza no esforço de educar, grande número de programas de televisão caminha em direção oposta, deseducando. E a sociedade, finalmente, reagiu, conforme se vê pelos manifestos e petições elaborados por entidades respeitáveis, por instituições sérias, exigindo um basta aos espetáculos de mundo-cão promovidos pela televisão. Os interesses comerciais de emissoras e de programas não podem prevalecer sobre os valores espirituais de uma sociedade que se pretenda saudável. O Brasil está afogando-se na sujeira, na feiúra, na pornografia, na incivilidade. A frase, atribuída a Roosevelt e a Jefferson – depois adotada pela velha UDN – é atualíssima lição a respeito desse custo: “o preço da liberdade é a eterna vigilância.” E é mesmo. Bom dia.

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