Crônica – quase sempre

Obviamente, vivo em luta permanente para entender quem está em mim. Pois desisti do “quem sou eu”? Não sou. Vou sendo pedaços de arquitetos que me inventaram…

A Amazônia – esse sacramento da natureza – volta a desafiar o Brasil, a partir de mais outra de suas tantas seculares tragédias.

E eis, então, que alguma luz brilha, por pálida pareça inicialmente. E é sempre a mesma, que retorna.

Até hoje, cultuamos a nobreza, a realeza criando e admirando ídolos a que demos títulos de reis: Rei Roberto Carlos, Rei Pelé, Rei Momo, Rei da Soja, Rei dos Ladrões, Rainha do Carnaval, Princesa do Oeste, Princesinha do Mar.

Retorno à obra de Fernando Moraes. É mais do que um livro. Trata-se da impressionante história vitoriosa de um sertanejo brasileiro.

Conforme o ângulo pelo qual se observe, o Brasil ora se mostra uma casa da sogra, ora a casa da Mãe Joana.

Urge, pois, o despertar de uma consciência mais sólida e generosa de comunidade.

A esperança é que o bom senso e o respeito à história de Piracicaba prevaleçam.

O que, pois, é o homem para o próprio homem? O que temos sido, nesses milênios de nossa coexistência?

Não há como silenciar diante dos que negam o horror daqueles anos, querendo repeti-lo.