A partir de 2008, um “jornal fidalgo”.

A PROVÍNCIA encerrou o ano de 2007 com um número de visitações alentador, estimulante e, para nós, honroso: às 16h48 do dia 31/12/2007 (quando escrevemos este comentário) chegáramos a mais de 650.000 visitações ( exatos 653.115 acessos). Trata-se, sob qualquer prisma ou ângulo de análise, de um número altamente respeitável, conforme no-lo confirmam competentes analistas da área de mercadologia e publicidade voltadas à internet. E isso se, de um lado, nos estimula e recompensa, faz com que, por outro, nos aumente a responsabilidade, o compromisso e a fidelidade à proposta inicial deste jornal eletrônico, que é a mesma de A PROVÍNCIA quando imprensa, a mesma ainda onde e quando exercemos o jornalismo: “Paixão por Piracicaba.”

Ora, Piracicaba é, para nós, o centro do universo, nesse mundo dito globalizado onde parece não haver balizas, referenciais, raízes. Tem sido o trágico engano, o equívoco dramático: não é por terem-se mundializado as relações humanas – e isso traz benefícios espantosos – que a universalização pode substituir o essencial do homem, que são o berço, o umbigo, a caverna, a aldeia, o lar, a família. Pelo contrário, quanto mais universalização, mais necessidade haverá de raízes e de origens, de onde a sabedoria atribuída a Tolstoi e que aqui tomamos como inspiração: “Para ser universal, cante a sua aldeia.”

A PROVÍNCIA tem uma única proposta: Piracicaba. É nossa razão de ser, de viver, de existir, quando a vida já se nos alonga e quase todas as experiências foram vivenciadas. Neste jornal, ensaiamos uma “Enciclopédia Temática de Piracicaba”, para pesquisadores, estudiosos, para os amantes de Piracicaba e para as novas gerações. Aqui, restabelecemos o verdadeiro sentido da palavra tradição (“traditio”), que é transmissão, herança, doação, algo dinâmico e permanente, em vez do imobilismo equivocado que se pretende dar ao conceito de tradição. E, aqui, queremos ser, também, jardineiros que cultuam e cultivam esse jardim amorável chamado Piracicaba, na obrigação de podar galhos apodrecidos, de impedir saúvas e sanguessugas estragando o que há de belo, de bom, de generoso.

Pois bem. Neste 2008, iremos entregar a Piracicaba um outro capítulo da história e da viagem de A PROVÍNCIA pela internet. A experiência com tecnologia, com o novo, com o surpreendente – esse mistério que assustou a tantos, mas que foi absorvido como um milagre a serviço da história humana – essa experiência se consolidou. Agora, A PROVÍNCIA assume, com mais certeza e convicção ainda, o sonho – chamado, já, de visionário, mas que assumimos como um bem e um valor positivos – de percorrer todos os caminhos bons e dignos da contemporaneidade, levando raízes, princípios e referenciais eternos.

Em resumo: estamos, em 2008 e dentro de alguns dias, entregando a esta terra, nossa paixão, um jornal eletrônico consolidado, mas renovado, atualizado, fortalecido por novos recursos tecnológicos – mas com o que acreditamos ser a nossa maior ousadia e, também, o mais sólido testemunho de confiança e de certeza: o design, o visual, o estilo que busca fazer a ligação entre o ontem e o amanhã, entre o que será e o que foi, definido por uma composição estética eterna, a “art nouveu”.

O novo formato e o visual de A PROVÍNCIA pretendem ser essa soma, esse sinal de encontro, de unidade, síntese de valores. Submetemo-lo à avaliação de profissionais respeitáveis, competentes e sensíveis. Houve uma unanimidade em reconhecer a beleza e a ousadia do que está por vir. Mas um desses profissionais sintetizou aquilo que nós mesmos buscávamos como definição ou explicação e não conseguíamos. Ele falou: “É um jornal fidalgo.”

Sim, é isso: um jornal fidalgo, na fidalguia da honradez, da beleza, das origens, o “filho de algo”, sabendo-se que algo é a coisa essencial, ainda que indefinida. Para nós, é o nosso presente e promessa de 2008. Para os leitores e Piracicaba, apenas queremos compartilhar esse sonho. E que Deus nos ajude.

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