Davi não engana mais ninguém.

O problema de Davi Ferreira Barros em relação à Unimep é, entre outros, um em especial: não dizer a verdade. Isso não significa que o estejamos chamando de mentiroso, pois apenas ele pode, para si próprio, dizer se as meias-verdades, falácias, omissões e restrições mentais de que faz uso são ou não mentiras disfarçadas, mascaradas.

Seria mais fácil, menos sofrido, mais honesto e até mesmo mais digno para Davi Barros, o Conselho Diretor da instituição e a cúpula diretiva da Igreja Metodista apenas e simplesmente declarar: queremos que a universidade seja uma fonte de dinheiro e não mais o sonho de uma universidade em busca de excelência. Pois Davi Barros, omitindo a verdade, aumenta o rol de bobagens que faz, que comete, que fala e que, assim, permite aumentar o clima de tensão, de insatisfação e de revolta entre o corpo docente, discente e funcionários.

Quando um homem tem a frieza deslavada de dizer que “demissão em massa” é parte de uma estratégia, não pode ser mais levado a sério. Pois não se trata de alguém confiável para o diálogo ou para o entendimento. Davi Barros, se era homem impulsivo e pouco reflexivo no passado, parece, hoje, dominado pela sanha dos guerreiros primitivos. Pois, na verdade, mas verdade verdadeira, Davi Barros quer dizer e não tem coragem de colocar com todas as letras que ele foi convocado para dar um fim à história da Unimep, a todo um processo histórico e pedagógico que envolveu diversas gerações, toda uma cidade e somou décadas de enfrentamentos,de renúncias e de sacrifícios pessoais.

Quando Davi Barros fala em “áreas de conforto”, deveria, em nome da honestidade, dizer, também, do quanto a própria universidade foi sacrificada para atender e socorrer “áreas de conforto” da igreja,de outras instituições metodistas que estavam necessitadas, deixando, então, de se ater, apenas, a salários de professores, como se fosse essa a única grande questão. A história é outra e já me comprometi a contá-la a partir de meus documentos e dos depoimentos que colhi ao longo de todos estes anos. Prometi fazê-lo após esse tempo natalino, que, pelo visto, não chegou ao calendário de Davi Barros. Pois ele ofende a inteligência alheia com sofismas grotescos, tão grotescos que ele não percebe já ter caído no ridículo por um único fato:julga-se mais esperto, preparado e inteligente do que os demais. E não é. A sua subserviência às ordens emanadas de um setor da igreja insatisfeito com universidades e instituições de ensino mostra que Davi Barros pouco está se importando com história, com tradição, com compromissos, com ideais de ensino e, quiçá, até mesmo verdadeiros ideais cristãos que, como se sabe, não combinam com os do mercado.

Davi abre a boca para falar e complica. Ele está aí para ser o coveiro da antiga e gloriosa Unimep e ser o instaurador de uma escolinha qualquer, talvez uma imitação de centros universitários que pouco ensinam, mas que muito ganham. O novo modelo de universidade a que Davi Barros se refere com sofismas tão grosseiros é a das fábricas de diplomas, a de competir por mensalidades mais baixas, a da oferta e da procura não pela qualidade, mas pela pechincha.

Pelo visto, a luta da Unimep nem sequer começou. E, para Davi Barros, quanto pior, melhor. Ele precisa instalar o caos para criar escombros. E, dos escombros e ruínas, fazer um varejão. Ele já está na história como “coveiro da Unimep”, título pouco agradável a quem tentou ter uma biografia razoável. (Leia-se Matéria Principal.)

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