Falácias e meias verdades.

A decisão judicial recusando o recurso da reitoria da Unimep para manter a cruel decisão de dispensar professores em massa chegou num momento mais do revelador, essa véspera de Natal. Pois é uma decisão que permitiu, no mínimo, centenas de pessoas e seus familiares respirarem com pequeno alento, embora das dores e amarguras sofridas não possam ser ressarcidas. A falta de sensibilidade do reitor – com ações cruéis em tempo natalino – foi compensada pelo senso de justiça de uma autoridade que acabou executando aquilo que Santo Agostinho preconizava: “que seja a caridade justa; e caridosa a justiça.”

Por esse espírito de Natal, vamos interromper opiniões a respeito da truculência que impera na Unimep sob a reitoria de Davi Barros e do também truculento presidente do Conselho Diretor, que não tem qualquer sensibilidade para dimensionar a importância espiritual de uma universidade, mesmo sendo ele representante de uma parte da Igreja Metodista, agora no poder.

Vamos interromper, nestes dias de Natal, opiniões, a menos que fatos novos e relevantes surjam, porque uma constatação se tornou corriqueira: a nova reitoria da Unimep já provou, especialmente aos professores e funcionários, que não mantém, em pé, o que afirma sentada. Compromissos não são cumpridos, promessas não são realizadas. E, pior ainda, a verdade não é revelada como deveria ser, com clareza e evidência. Há falácias e meias verdades tentando justificar a mediocrização pretendida da Unimep.

Permito-me reafirmar a minha condição de ter sido o autor do livro em que se conta a história da formação da Unimep. Um outro, com dezenas de depoimentos e centenas de documentos, deveria estar no prelo, mas há motivos sérios que me impediram de concluí-lo. No entanto, esses anos todos – que parecem ignorados por um conselho diretor preocupado com regras do mercado – são fartos de acontecimentos que a atual reitoria e o atual conselho não revelam, ou por quererem oculta-los propositadamente ou por simplesmente ignorá-los.

Passados estes dias natalinos – que são o tempo sagrado da humanidade cristã – pretendemos divulgar uma análise mais profunda e documentada. Para Piracicaba saber o que realmente ficou oculto por falácias e meias verdades.

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