“É um presente que me dou e quero dividi-lo com minha terra”

Capinha Rua do Porto

“Rua do Porto – Pia Batismal de um Povo” já está disponível ao público. A nova obra de Cecílio Elias Netto é um presente. O escritor e jornalista explica: “Agora que chego nos meus 80 anos, este livro é um presente que dou a mim mesmo – porque estou realizando um sonho tão acalentado e antigo, o sonho de escrever sobre a Rua do Porto. Por isso, neste Natal, este é o presente que me dou e quero dividi-lo com minha terra.”

Uma publicação do ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto, a obra tem a coordenação editorial da B2 Comunicação. O projeto foi viabilizado pelo apoio cultural de: Oji Papéis Especiais, Cosan e Unimed Piracicaba – por meio da “Lei Federal de Incentivo à Cultura”.

O umbigo de Piracicaba

“Sinto-me engrandecido, lisonjeado, premiado, honrado e agradecido em poder contar tal história. Sempre tive o sonho de escrever o romance da Rua do Porto. Dentro de mim – não sei se por causa de minha história pessoal – o umbigo de Piracicaba está ali, sempre esteve” – conta Cecílio.

Para o escritor e jornalista, não se trata, esta nova obra, de mais um livro. “Rua do Porto – Pia Batismal de um Povo” é fruto de sua história pessoal e de um desejo nascido ainda quando menino: “Eu queria, desde a infância, ser escritor. Entre os brasileiros, além dos clássicos, dois escritores alimentavam-me os sonhos: Jorge Amado e Érico Veríssimo. As suas eram histórias apaixonantes, dramas, tragédias acontecidas na terra onde cada qual nascera. A Bahia, a Ilhéus de Jorge Amado, seus personagens absolutamente humanos. A saga gaúcha – admirável, heroica – narrada por Érico Veríssimo. E um projeto meu de vida: ser escritor em e de minha terra.”

Cecílio lembra, ainda: “Sou um velho escrevinhador e contador de histórias, não um historiador. Portanto, não esperem que o livro registre dados oficiais sobre esse bairro adorável. Este é um canto de amor.”

Cecílio, 80 anos

Aos 80 anos – dos quais 66 dedicados ao Jornalismo e 55 à Literatura – Cecílio Elias Netto é, hoje, o decano dos jornalistas locais.

Cecílio tem cerca de 30 livros publicados, entre os mais recentes: “Bom Dia – Crônicas do autoexílio e da prisão”; “Dicionário do Dialeto Caipiracicabano – Arco, Tarco e Verva” (com seis edições revistas e ampliadas); trilogia sobre a cidade (“Piracicaba que amamos tanto”, “Piracicaba, um rio que passou em nossa vida”, “Piracicaba, a doçura da terra”); “Piracicaba, a Florença Brasileira”; “100 anos da imigração japonesa em Piracicaba”.

[Algumas destas edições estão disponíveis para download no site: www.icen.org.br]

O jornalista e escritor também acumula participação em inúmeras outras publicações, juntamente com centenas de contos, crônicas e ensaios em jornais e revistas paulistas.

ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto

Boa parte da carreira de Cecílio foi norteada por seu forte interesse em resgatar, preservar e divulgar a história, a memória e o patrimônio cultural de sua amada cidade natal, Piracicaba. O expressivo número de obras publicadas (como jornalista e escritor) e a posse de amplo material iconográfico e documental sobre sua cidade natal fazem do jornalista uma fonte de referência aos que buscam aprofundar-se na história do município

A preservação e divulgação deste Acervo foi o estímulo para a criação do instituto sem fins lucrativos que carrega o seu nome. O ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto foi criado em 2015, por iniciativa de amigos e familiares do jornalista. Para expressar a motivação de seu apreço pelo resgate, preservação e difusão cultural, Cecílio empresta argumento de Agostinho de Hipona, o Santo Agostinho: “Ninguém ama aquilo que não conhece” – um ponto de partida e, também, quase uma advertência.

Centro de Memória

Entre os projetos do ICEN para um futuro próximo está a constituição de um Centro de Memória para preservar e dar acesso público ao rico acervo do jornalista.

Patrimônio Imaterial

Ainda neste contexto de preservação cultural, Cecílio liderou o movimento cultural que culminou no reconhecimento oficial do “Dialeto e Sotaque Piracicabanos como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial da cidade de Piracicaba” – Decreto no 16.766, da Prefeitura Municipal, de 25 de agosto de 2016. O pedido de registro partiu do ICEN – Instituto Cecílio Elias Netto, que – unido ao IHGP, à APAP e à APL – requereu o reconhecimento junto ao Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (CODEPAC).

Reconhecimento

A trajetória profissional do jornalista lhe conferiu homenagens, entre elas: Medalha do II Centenário de Piracicaba (1967); Comenda do Mérito do Instituto Histórico Luso-Brasileiro (1972); Título de cidadão “Piracicabanus Praeclarus” (Câmara Municipal de Piracicaba – 2001); Medalha “Prudente de Moraes”, por trabalhos em favor da cultura (IHGP – Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba – 2002); Medalha de “Mérito Cultural”, da Prefeitura Municipal de Piracicaba (2009); entre outras.

Capinha Rua do PortoExemplares disponíveis

Em função da pandemia da COVID-19, no entanto, não houve lançamento presencial ou virtual do novo livro.

Como acontece tradicionalmente nos lançamentos do ICEN, uma cota de exemplares é destinada à distribuição gratuita para, entre outros atores, instituições culturais e educacionais locais. Destinada ao público interessado, uma parcela destes exemplares gratuitos também foi disponibilizada na Casa do Povoador.

Exemplares do livro “Rua do Porto – Pia Batismal de um Povo” estão em pontos de vendas em livrarias, bancas e na Rua do Porto. E, ainda, podem ser solicitados diretamente ao ICEN, por meio dos contatos: [email protected] e (11) 9.6326-3471 (celular e whatsapp).

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