Festival de Choro do Sesc tem bate-papo, shows, workshops e exibição de filme

Instrumentistas que são referência no Choro, gênero musical genuinamente brasileiro, participam do Festival de Choro realizado pelo Sesc Piracicaba neste mês de abril. São workshops, bate-papos e shows que apresentam ao público, que vai de criança a adulto, a história do ritmo e o virtuosismo que o envolve.

Entre os destaques da programação, está a presença de Hamilton de Holanda, um dos melhores bandolinistas do gênero, de sólida carreira com prêmios nacionais e internacionais na bagagem, que realiza bate-papo e faz show em 22 de abril, no ginásio do Sesc Piracicaba. Os ingressos custam entre R$ 6 e R$ 20 e a compra é limitada a 4 ingressos por pessoa.

As demais atividades proporcionam, além da exibição de dois curtas brasileiros Chorinhos e Chorões e Coleções – Ritmos Brasileiros: Choro, do Sesc TV, encontros com grupos como Água de Vintém, Henrique Araújo & Regional Imperial e Choro Paulista; o projeto Infinito Universo dos Sons, que acontece todo sábado, às 12h30, na comedoria da unidade com instrumentos típicos do chorinho como piano 4 mãos, bandolim e flauta transversal; e o espetáculo infantil Brincando de Chorinho, apresenta música, performances e improvisações cênicas que contam a história do ritmo.

Dia 21, sexta-feira (feriado)
Horário especial de funcionamento do Sesc Piracicaba: 9h15 às 18h15

Bate-papo
Concerto Didático, com Água de Vintém
Dia 21, sexta, 10h.
Teatro. Grátis. Livre.

Show
Água de Vintém
Dia 21, sexta, 16h.
Comedoria. Grátis. Livre.

Um dos destaques da nova geração do choro, o Água de Vintém traz na bagagem um expressivo currículo de shows nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina e participações em eventos de grande relevância. Apresentou-se ao lado de nomes como Toninho Carrasqueira, Cristóvão Bastos, Déo Rian, Pedro Amorim, Alessandro Penezzi, Nailor Proveta, Toninho Ferragutti, Antônio Rocha e Ronaldo do Bandolim.

Os músicos Vitor Casagrande (bandolim), Saulo Ligo (cavaco), Guilherme Soares (violão), Marcus Godoy (violão de 7 cordas) e Xeina Barros (pandeiro) unem o trabalho de pesquisa e interpretação a uma sólida produção autoral. O disco de estreia do conjunto, “Café da Dona

Chica” (2013/Acari Records – RJ), traz 11 composições autorais dentre suas 12 faixas. O segundo disco, “Água de Vintém interpreta Sérgio Belluco” (2015), resgata da obra de um importante compositor e violonista piracicabano. Com muito balanço, refinamento e a sonoridade de um autêntico regional, o conjunto leva ao público um panorama completo do universo do choro: composições inéditas, obras pouco divulgadas dos maiores nomes do gênero e clássicos imortais que nunca saem de moda.

    Dia 22, sábado

Bate-papo
Com Hamilton de Holanda
Dia 22, sábado, 15h30.
Teatro. Grátis. Livre.
Show
Hamilton de Holanda Trio, em Homenagem a Pixinguinha
Dia 22, sábado, 20h.
Ginásio. A entrada de menores de 16 anos será permitida apenas se acompanhados do responsável legal (pai ou mãe).
Acomodação: com cadeira.


Ingressos: R$ 20,00 / R$ 10,00 e R$ 6,00.

Venda online: 11/4 às 15h.
Venda nas unidades: 12/4 às 17h30.
Compra limitada a 4 ingressos por pessoa.

 

Hamilton de Holanda, um dos maiores bandolinistas do planeta, de sólida carreira de prêmios nacionais e internacionais, recentemente indicado ao Latin Grammy 2013 (Categoria internacional Melhor disco Instrumental) – sua sexta indicação, juntou-se aos músicos a Gustavo Dellageridi no contrabaieox e Thiago Lima na percussão, para prestar mais uma homenagem, muito que merecida, ao pai do choro Pixinguinha. No roteiro, clássicos de Pixinguinha como Naquele Tempo, Carinhoso,1 x 0, Segura Ele, Os 5 companheiros, Yaô, Lamentos, Rosa, além de composições próprias como Capricho de Pixinguinha, Aquarela na Quixaba entre outras.  Hamilton sempre quis encontrar o momento certo para prestar uma homenagem ao ritmo e ao compositor que foram tão presentes em sua infância e adolescência e que ajudaram no processo de maturar sua carreira musical em que hoje traduz a liberdade de se poder fundir os diferentes gêneros e ritmos sem perder a Brasilidade.

 As suas homenagens a Pixinguinha e ao Choro começaram com o recente lançamento do projeto “Mundo de Pixinguinha” patrocinado pelo Natura Musical, onde gravou em duetos os célebres músicos internacionais Wynton Marsalis, Chucho Valdes entre outros proporcionando o feliz encontro do choro e jazz.

Recentemente dividiu o palco num dos principais festivais do mundo com o pianista italiano e seu parceiro da gravadora ECM (O que Será) – Stefano Bollani e um dos  expoentes do Jazz o também pianista Chick Corea. Durante a passagem de som Hamilton e Bollani estavam tocando “1 X 0”  de Pixinguinha,  o animado e curioso Corea filmava em seu celular falou  “Que beleza, esse músico foi muito influênciado por Tom Jobim”, Hamilton disse “Foi exatamente o contrário, Tom Jobim é quem foi muito influênciado por Pixinguinha”. Fatos como esse o ajudaram a pontuar ao longo de 2012 o momento certo para se fazer uma homenagem a Pixinguinha e de se afirmar também como chorão.

No início da carreira, Hamilton era identificado como chorão – longe de ser um desaforo, mas com o passar do tempo e a adição de mais duas cordas ao Bandolim, 10 no total, Hamilton buscava a liberdade de poder tocar um gênero seja choro, samba, lundo, clássico, jazz ou qualquer outra coisa sem precisar de rótulos e essa conquista se tornou seu diferencial. Usa do instrumento como o nome propriamente diz como “um instrumento” e dos ritmos na função de protetor da beleza, do momento presente – a música ser uma fotografia. “E nessa posição achei bacana poder voltar à tradição do gênio Pixinguinha e minhas raízes, conjugando tudo o que aprendi”, diz Hamilton. “Choro pra mim é clássico. Nasceu da mistura de Europa, África e Brasil, de maneira espontânea, e o tempo o fez definitivo. É um quadro pintado por Pixinguinha e tantos outros compositores inspirados no estilo saltitante, alegre (ao contrário do nome) e com uma tendência ao virtuosismo instrumental. Se você tocar qualquer tipo de música com essa formação característica – solista, violões, cavaquinho e pandeiro -, vai dizer que é choro, de tão popular que se transformou essa sonoridade. E eu venho desta tradição”, pontua Hamilton.

Infantil
Brincando de Chorinho
Dia 22, sábado, 16h.
Comedoria. Grátis. Livre.

O projeto teve origem no final de 2004, com o nome de Histórias e tendências no choro paulista. Foi aprovado no Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), da Prefeitura de São Paulo, e percorreu a cidade com 24 apresentações em CEUs e escolas públicas, entre 2005 e 2006, com público total de aproximadamente seis mil crianças. Em 2007, já com o nome de Brincando de chorinho, o projeto foi aprovado no Programa de Ação Cultural (PROAC), que financiou mais seis apresentações, sempre gratuitas, em CEUs. Esses últimos espetáculos também tiveram grande sucesso, sendo assistidos por mais de duas mil crianças.

Não é raro encontrar crianças brincando com os sons de músicas conhecidas ou mesmo tentando cantar do seu jeito as letras que compreendem, na maioria das vezes, músicas e letras são redesenhados nas brincadeiras somando a palmas, risos e impulsos naturais de pureza ímpar que transformam da mais simples linha melódica em algo rico desenvolvendo sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e inteligência por horas sendo aproveitado apenas um tema.

“Brincando de Chorinho” é um espetáculo que coloca o público dentro da roda de choro, com música, performances e improvisações cênicas. O trabalho apresenta um conteúdo artístico, didático e pedagógico, envolvendo música, história do Choro e performances teatrais interativas. A união desses elementos proporciona ao público novas possibilidades de conhecer a cultura brasileira, despertando interesse pela história e pela arte, de forma criativa e divertida. O público desenvolve a expressividade, concentração, sensibilidade e a apreciação musical com performances que captam o interesse, despertando a participação direta em alguns momentos. Ambientados com o clima, ouvem música e brincam na medida certa. Os arranjos traduzem o Choro e a música contemporânea para a linguagem infanto-juvenil. O inusitado, a irreverência e o melancólico inspiram a criação cênica e musical. O público é envolvido por uma nova e curiosa atmosfera e, no seu universo, vivenciam a liberdade da arte. A elaboração deste projeto é fruto de estudo e pesquisa, tendo como objetivo dar novas ferramentas para o entendimento da arte, diversificando a comunicação com simplicidade e brincadeira.

Dia 23, domingo

Palestra Musicada
Anacleto de Medeiros, o maestro de Paquetá: comentários sobre a obra e possibilidades de arranjos
O encontro contextualiza a vida de Anacleto de Medeiros no Rio de Janeiro do início do século 20; as características gerais de sua obra – os fundamentos do choro em forma de polcas, valsas, schottisches e quadrilhas e a produção dos arranjos e realização musical de seu repertório, tendo a formação instrumental do Conjunto Choro Paulista nos sopros e na base harmônica. Atividade destinada a músicos e apreciadores.

Dia 23, domingo, 14h30.
Teatro. Grátis. Livre.

Show
Choro Paulista
Nascido nas tradicionais rodas de choro de São Paulo, o grupo é formado por Márcio Modesto, Maik Oliveira eMarcelinho Monserrat. Nesse show, o conjunto faz um tributo a Anacleto de Medeiros, compositor importante no cenário do choro e semeador das bases sonoras da música brasileira.
Dia 23, domingo, 16h.
Comedoria. Grátis. Livre.

O Conjunto “Choro Paulista” nasceu nas tradicionais rodas de choro de São Paulo, onde os músicos Márcio Modesto, Maik Oliveira e Marcelinho Monserrat se encontraram e resolveram dar início ao novo projeto no início de 2015 (primeiramente com o nome “Isto é Nosso”). O grupo visa resgatar e colocar em destaque a linguagem tradicional do choro, através dos instrumentos e da forma de tocar que encantaram gerações e fazem parte do rico acervo cultural brasileiro. Já realizou alguns projetos de destaque como o espetáculo “Choro no Avesso”, dedicado à obra do grande chorão e compositor paulista Ed Gagliardi. Esse show estreou no Clube do Choro de SP em dezembro de 2015 e já passou também pelo Sesc Ipiranga, pelo projeto “Choro no Mercadão” do Mercado Municipal de SP e pelo respeitado palco da Casa do Choro, no Rio de Janeiro. O conjunto também já promoveu saraus mensais ao longo de 2015 e 2016 na escola de música Tríade, em Santo André, além de diversas outras apresentações em espaços de SP como a Praça Oswaldo Cruz e o Sesc Itaquera. No momento desenvolve o seu novo projeto em homenagem ao compositor Anacleto de Medeiros, com estreia realizada no Clube do Choro de SP em dezembro de 2016.

 

 

Aos sábados
O Infinito Universo dos Sons
Em uma parceria com a Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle” (Empem), o projeto possibilita vivências musicais mais intimistas. Nesse mês, em razão do Festival de Choro, um repertório voltado para esse gênero musical, com instrumentos típicos do chorinho.
Dia 22 – Bandolim e Violão

Dia 29 – Flauta Transversal e Violão
Sábados, 12h30.
Comedoria. Grátis. Livre.

SERVIÇO
Festival de Choro de Piracicaba
Dias 18, 20, 21, 22 e 23/4
Programação completa: bit.ly/FestivalChoroPira
Endereço: Rua Ipiranga, 155 – Centro.

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