Piracicaba é recorde de público na Virada Cultural pela segunda vez

 

Foto Bolly Vieira

Foto Bolly Vieira

Piracicaba garantiu público recorde na Virada Cultural Paulista entre os 26 municípios do interior. As 90 atrações gratuitas, oferecidas em 27 palcos, atraíram 164 mil espectadores no último fim de semana (dias 25 e 26). Este é o segundo ano consecutivo que a cidade assegura o primeiro lugar no evento do Governo do Estado de São Paulo. Em 2012, foram 133.500 pessoas.

Com a proposta de ampliar o acesso à cultura para todas as regiões do interior paulista, a sétima edição da Virada Cultural Paulista teve o apoio do Sesc. Piracicaba sediou o evento pela quarta vez, com correalização da Secretaria Municipal da Ação Cultural.

Em nota, a Governo do Estado de São Paulo informou que os números são uma estimativa, que parte de uma avaliação que é, em algum grau, subjetiva. “Para a Secretaria de Estado da Cultura, o mais importante é alcançar o objetivo de promover uma programação cultural de qualidade e gratuita de forma descentralizada, levando para as cidades atrações que normalmente não passariam por elas”, destacou o texto.

 

O prefeito Gabriel Ferrato disse que o Poder Executivo se empenhou na realização da Virada, estendendo a programação a vários bairros e na montagem do Palco 2, inédito em todo o Estado e criado pela Semac em 2011 para permitir maior visibilidade aos músicos locais. “É importante que os artistas daqui tenham espaço. Certamente o Governo do Estado vai analisar esses números com bons olhos e reconhecer o nosso esforço.”

Para Rosângela Camolese, secretária da Ação Cultural, o aumento de público deve ser comemorado e demonstra que a cidade possui infraestrutura para abrigar atrações de grande porte. “A população de Piracicaba acolhe muito bem os eventos culturais e não tem sido diferente na Virada, que a cada ano supera em qualidade”, disse Rosângela.

Como ponto favorável, a secretária citou o clima de segurança em todas as atividades no período, sem tumultos, registros de violência ou furtos. Outro grande destaque foi a pontualidade das apresentações programadas. “A cidade é um verdadeiro celeiro artístico-cultural, com talentos em todas as manifestações, algo que pode ser percebido nas 90 atrações que tivemos em Piracicaba este ano”, completou.

NÚMEROS DE SUCESSO – Na madrugada de sábado para domingo (0h30), o grupo Ultraje a Rigor atraiu 20 mil espectadores ao Engenho Central, que acompanharam sucessos como Vamos Invadir Sua Praia, Inútil, Zoraide e Marylou. O quarteto composto por Roger Moreira, Mingau, Bacalhau e Marcos Kleine também cantou clássicos de Ramones e Black Sabbath.

Às 15h30 de domingo, Jair Rodrigues impressionou os 15 mil espectadores com seu vigor físico aos 74 anos. Ele ‘pulou’ do palco para cantar entre a plateia em duas ocasiões e deixou o público emocionado com a homenagem a Elis Regina na canção Romaria. “A maioria de vocês não tinha nascido quando pisei nos palcos de Piracicaba pela primeira vez. Tenho boas recordações da cidade”, disse Jair.

Perto de 3.000 pessoas dançaram com o grupo espanhol Muchachito y sus Compadres na noite de domingo. Performático, o power trio subiu ao palco às 19h10 para o encerramento da Virada. O vocalista Jairo Perera Viedma, o guitarrista Diego Pozo Torregrosa e o backing vocal Santos de Veracruz cantaram até 20h30. Veracuz, que também é artista plástico, pintou um quadro durante o show e doou à Prefeitura de Piracicaba.

Ainda no Engenho Central, o público acompanhou os shows de Lucas Santtana, Andreia Dias, China, DJ Ricardo Don, bandas Sabonetes e Sêo Roque e do comediante Marcos Castro. No Palco 2 cantaram Márcio Sartório, Kiloherts, Caibro Rock, Ricardo Leoni, Magnéticos e Cantoá.No Teatro Municipal Erotídes de Campos, os destaques foram a Jazz Sinfônica e o espetáculo Carta de Amor ao Inimigo, do grupo de dança Cena 11. Ambas as atrações – realizadas no domingo – lotaram a casa de espetáculos, com 422 lugares. Na abertura oficial, às 18h, número superior a 350 pessoas acompanhou Facas nas Galinhas, do Barracão Cultural. O local recebeu ainda o Trio Quintina e O Circo dos Irmãos Brothers.
No Largo dos Pescadores, onde o sambista Juca Ferreira se apresentou às 18h de sábado, houve 1.500 pessoas. A sessão-maldita do Andaime Teatro (à meia-noite) teve 1.200 presentes, que riram e se divertiram com o espetáculo A Noiva do Defunto em frente ao Cemitério da Saudade. Já o Sesc recebeu 1.053 espectadores no show de Lee Fields e The Expressions.

Os demais espaços na área central que sediaram a Virada 2013 foram Casa do Povoador, Parque da Rua do Porto, Terminal Central de Integração, Rodoviária Intermunicipal, Pinacoteca Miguel Dutra, Museu Prudente de Moraes, Biblioteca Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, Mercado Municipal e Centro de Documentação, Cultura e Política Negra.

O público prestigiou oficinas, exposições e apresentações de dança e teatro na Estação da Paulista, bibliotecas da Vila Industrial e do Parque Orlanda, nos centros Culturais de Santa Teresinha, Mário Dedini e Parque 1° de Maio, Centro Social do Novo Horizonte e Varejão do 1° de Maio.

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