“Refrigerantes Orlando” celebra 100 anos com programação festiva

securedownloadA marca de refrigerantes Orlando comemora durante o ano de 2013, 100 anos de existência. Para celebrar o centenário haverá uma programação festiva que começa no dia 25 de novembro (segunda-feira), a partir das 19 horas no Bar Tubaína em São Paulo.

Em Piracicaba, a Câmara de Vereadores, por iniciativa do vereador Pedro Kawai, uma homenagem será promovida no dia 4 de dezembro (quarta-feira), às 19h30, com reunião solene no Auditório da ACIPI (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba).

Na oportunidade, a Assembleia Legislativa de São Paulo, com proposta do deputado estadual Roberto Morais prestará homenagem à família Orlando pelo centenário da marca de refrigerantes.

Na agenda comemorativa, acontece também uma exposição dos documentos, equipamentos, embalagens, rótulos e produtos que representam a história do centenário dos Refrigerantes Orlando.

A exposição será realizada de 04 a 27 de dezembro no Memorial do Empreendedorismo ACIPI. A mostra fica aberta para visitação de segunda a sexta, das 9 às 16 horas, com entrada gratuita.

Desde 1913, Refrigerantes Orlando comercializa Gengi-birra e Etubaína

Fundada em 27 de fevereiro de 1913, a Fábrica de Refrigerantes Orlando chegou em Piracicaba quando a cidade sofria com o fim do ciclo do café e com a queda de preços da cana-de-açúcar.

Nesta época, a economia da cidade havia se estagnado e, empreendedores como o fundador Vicente Orlando, ajudaram a cidade a se tornar uma das primeiras do país a se industrializar.

O fundador da marca, seu Vicente, era ajudado por sua esposa Paschoalina e toda a família Orlando. Os sete filhos: Maria, Rosa, Philomena, Ermelinda, Caetano, José e Inês trabalharam na fábrica e, de alguma maneira, contribuíram para o fortalecimento dos Refrigerantes Orlando na cidade e região.

Em meio a I Guerra Mundial – que acontecera entre 1914 e 1918 -, nascia também em 1914 a famosa e saborosa Gengi-birra – um refrigerante feito de forma experimental e manual com sua base de limão e gengibre. O “refresco” – como era chamado antigamente – era fermentado em barris de 200 litros e engarrafadas manualmente.

Nos anos 20, a Etubaína entrava na produção da Fábrica de Refrigerantes Orlando e tornou-se um dos refrigerantes mais vendidos na época. Com a base de banana, pêssego, pera e morango, a Etubaína caía no gosto dos piracicabanos com seu doce sabor.

Genuinamente piracicabana, a Gengi-birra era distribuída exclusivamente na cidade em armazéns, mercados e residências através de carroças ou carrinhos de mão. Em 1937, sob o comando de Vicente Orlando e dos filhos Caetano e José Orlando, com a produção da fábrica em desenvolvimento, os sabores da Gengi-birra e da Etubaína chegaram em maior demanda em cidades vizinhas como São Pedro, Torrinha, Iracemápolis, Americana e Santa Bárbara D´Oeste. Com as entregas cada vez mais recorrentes e em lugares distantes, os irmãos adquiriram um caminhão Chevrolet. Nesta época, Piracicaba tinha suas ruas de terra, só havia paralelepípedos no Centro da cidade.

Ao lado dos dois maiores produtos da fábrica Orlando – Etubaína e Gengi-birra -, seu Vicente comandava a linha de fabricação de aguardente, licores, xaropes, vinhos, água tônica e outros refrigerantes.

No final da década de 50, a Fábrica de Bebidas Orlando faturou o 1º lugar na “Consulta de Opinião Pública” realizada na cidade pelo Jornal de Piracicaba, Rádio Difusora e pelos extintos Diário de Piracicaba e Rádio Voz Agrícola do Brasil.

A empresa passou por mudanças na razão social por alguns anos, porém sempre manteve-se com o perfil de empresa familiar. Em 1955 como V. Orlando e Filhos, depois, em 1962, Orlando e Cia; em 1977 Bebidas Orlando Ltda e, desde 1987 atua sob o nome R. Orlando Comércio de Bebidas Ltda.

A fabricação própria findou-se em 1987, mas a força da marca Orlando, sob a administração de Renato e seus filhos Maria Elisa e Eduardo Orlando, continua até os dias atuais com demanda crescente da Etubaína e da Gengi-birra, embalados pelo clima retrô e pelo sabor inigualável dos refrigerantes com embalagens modernas para a família em garrafas pet 2 litros e ainda, a tradicional garrafa de 600 ml – que se assemelha às de cerveja – e o sabor infantil nas embalagens caçulinhas, continuam fortes no mercado de Piracicaba e região.

 

PROGRAMAÇÃO FESTIVA:

25/11/13 (segunda-feira) – A partir das 19 horas – Bar Tubaína – Rua Haddok Lobo, 74, São Paulo.

04/12/13 (quarta-feira) – 19h30 – Reunião Solene em comemoração aos 100 anos dos Refrigerantes Orlando no auditório da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba)

04 a 27/12/13 – Exposição dos 100 anos dos Refrigerantes Orlando no Memorial do Empreendedorismo da ACIPI – Rua do Rosário, 700 – Centro.

4 comentários

  1. Antonio M. L. Toledo em 20/11/2013 às 11:12

    Faltou constar no texto que os refrigerantes Orlando hoje são fabricados em Santa Bárbara d´Oeste, embora continue sendo uma marca genuinamente piracicabana.

  2. Eduardo Sanches em 20/11/2013 às 21:10

    Parabéns a família Orlando, em especial ao Renato, esposa e filhos.
    Eduardo Sanches
    Uberlandia, MG.

  3. Sérgio em 20/12/2013 às 10:26

    Aonde consigo comprar a Gengi-birra Orlando?

  4. Amadeu Provenzano Filho em 21/04/2016 às 16:28

    Amadeu Provenzano Filho

    O tempo me trouxe à idade que, no decorrer da vida, me tornou mais emotivo à medida em que fatos do passado como este, permeiam a minha memória. Sou um, de oito irmãos – uma escadinha como diziam, um atrás do outro e, como os Orlando da fábrica de bebida, também descendentes de italianos. Nossos pais que primaram pela educação familiar nunca deixaram de festejar o aniversário de cada filho que eram comemorados de forma simples: bolo, docinhos feitos por nossa mãe, e quando isso por alguma razão não fosse possível, os doces eram da Martini do seu Neguinho e dona Joana. Caçulinhas da Orlando para as crianças e, Gengibirra e Etubaína em garrafas, para os adultos. E chegado o dia da “festa” – e para nós era, quem se encarregava de ir buscar as bebidas na Orlando ? Nós mesmo. Levávamos aquelas cestas feitas em bambu vendidas no mercado e em sacolas de lona, resistentes. Íamos alegres, felizes. Para ir até a fábrica Orlando até que era fácil, mas para a volta, ai meu Deus, como era duro carregar a cesta e a sacola. Geralmente íamos em seis irmãos – os menores não íam. No caminho de volta, revezávamos no carregar a cesta e a sacola: como eram pesadas ! Os almoços de batizados, aniversários, Natal, Ano Novo, Páscoa, desacompanhados da Gengibirra, da Etubaína, não tinham graça. Teve época que o caminhão da fábrica entregava as bebidas em casa se encomendadas bem antes do dia da festa. Uando isso não acontecia íamos a pé, e quando chegávamos na fábrica, lá vinha o “Orlando” receber a gente e ver o quanto íamos escolher de cada Caçulinha: da abacaxi, de limão, de maçã que conhecíamos de maçãzinha. Que delícia ! Bom, também vem à lembrança um fato engraçado: nós crianças, tínhamos o nosso jeito de tornar as nossas caçulinhas. Não me lembro de que existisse naquela época os canudinhos plásticos. O que fazíamos ? Com um prego e martelo, fazíamos um furo na tampinha de metal e íamos tomando daquele jeito, pelo furinho: demorava mais para acabar, e como era divertido e gostoso ! À medida que rodava este vídeo, o tempo voltava, a saliva brotava na boca, e a emoção do coração era canalizada para os olhos, que descia pela face. A tradição familiar não pode ser esquecida, e faz parte da história e tradição de Piracicaba. O abraço se faz presente do primeiro ao último Orlando. Conheço o Renato Orlando, ele que vive, é o coração vivo da tenacidade que não esmoreceu e aí está junto à nova geração Orlando. Que tal uma Gengibirra e Etubaína prá darmos um brinde a eles ?

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