A arte de viver de conflito

Netflix

O avanço da Netflix sobre o cinema causou debates acalorados até mesmo no cinema. Vários astros têm optado por produções que desembarcam direto pela operadora. Brad Pitt é o mais recente. O ex-marido de Angelina estrela Máquina de Guerra, história baseada em fatos reais e com um pé na comédia.

No filme dirigido por David Michod, Pitt é o general Glen McMahon, designado pelo exército americano para ir ao Afeganistão dar uma resolução à situação de guerra, que anda dando dor-de-cabeça ao governo. Na vida real, o nome do militar é Stanley McCristhal, e essa troca de nomes permite ao roteiro tomar uma certa liberdade com os fatos. O que é comum no cinema atual.

O básico, porém, permanece. O general é instável, fala mais que a boca e não pode ver uma situação conflituosa sem se embananar todo. Como protagonista, Pitt deixa de lado o jeito de galã. Aparece grisalho e envelhecido em cena (nada a ver com o divórcio, pois as filmagens aconteceram antes). O problema é que ele está exagerado. O elenco de apoio segura melhor as pontas, com Topher Grace na pele do assessor, Tilda Swinton como uma política alemã, Ben Kingsley vivendo o presidente afegão e a sumida Meg Tilly encarnando a esposa do personagem principal.

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