A contagiante febre dos tronos

HBO

Como definir o que acontece, no Brasil e no mundo, com a série Game of Thrones? Febre? Mania? Loucura? Creio que tudo isso junto. A série transmitida pela HBO e baseada nos livros de George R. R. Martin (que, vejam só, ocupa a metade dos 10 mais vendidos no país), encerrou há pouco sua sétima temporada. Os fãs fiéis agora esperam um ano para acompanhar a oitava, que deve ser a final. Sempre de forma religiosa.

E não me parece exagero falar em religião. Aqui a questão já foi afetada pelo principal mal da internet: a polarização. Enquanto uns deixam até de dormir para acompanhar tudo, querem saber todos os detalhes mas ao mesmo abominam os tais ‘spoilers’, outros tentam posar de cult, afirmando não entender a razão desse culto. Coisas de um certo espírito adolescente…

Enfim, é um território da emoção. Fico imaginando a “síndrome de abstinência” que pode acontecer após o final. Enquanto isso, os números impressionam. A série atingiu mais de 10 milhões de espectadores no primeiro episódio da sétima temporada apenas nos Estados Unidos. E o fenômeno abarca mais de 100 países. Ao mesmo tempo, aumenta o número de downloads irregulares. Sem surpresa, somos os maiores pirateadores de Game of Thrones, com 936.000 vezes entre fevereiro e abril deste ano. Detalhe: a HBO define como “um elogio” esse fato e acredita que não impacta negativamente a venda de DVDs. Puro realismo na terra da fantasia.

E por falar nisso, Abigail De Kosnik, pesquisadora da Universidade da Califórnia, divulgou o resultado de uma medição a respeito das cidades que mais piratearam a série. São Paulo ficou com o terceiro lugar em todo mundo, só perdendo, pela ordem, para Seul, capital da Coréia do Sul, e Atenas, na Grécia.

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