O filme do Selton

o filme

Johnny Massaro e Bruna Linzmeyer

Ninguém negará coerência à carreira de Selton Mello. Afinal, há mais de 10 anos, desde quando atuou em O Auto da Compadecida e fez enorme sucesso, ele deixou de lado as novelas de televisão, e o confortável posto de galã, para abraçar o cinema.

Selton estrelou dezenas de filmes desde então, estreou na direção com Feliz Natal, projeto radical e que teve repercussão restrita, mas logo se acertou entre experimentação e popularidade com o belo O Palhaço. A partir daí, ele já deixava clara sua visão a respeito do que entende por cinema.

A delicadeza perdida pelos filmes nacionais, com comédias tão rasteiras, é o que persegue Selton agora com O Filme da Minha Vida, de título tão auto-explicativo. Baseado num conto de Antonio Skarmeta, ele conta a história de Tony (Johnny Massaro), que volta para a cidade em que nasceu, na Serra Gaúcha, justamente quando o pai (o francês Vincent Cassel) partiu.

A narrativa se pauta pela emoção (e em alguns pontos Selton até exagera) e a fotografia é belíssima, mostrando um pedaço do Brasil que não conhecemos. Tirando alguns pequenos excessos, o filme cumpre muito bem o que promete: tocar o público com uma história simples. Mas não foi o indicado do Brasil para o Oscar (perdendo a vaga para Bingo, o Rei das Manhãs) e não teve exibição comercial em muitas cidades, incluindo Piracicaba. Coisas de quem opta por um caminho pessoal…

1 comentário

  1. Andressa em 10/11/2017 às 10:46

    Eu assisti ao filme nos cinemas em Piracicaba mesmo, mas deve ter ficado pouco tempo em cartaz. Belíssimo!

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