As grandes divas dos anos 30

greta

Greta Garbo

Elas iluminaram as telas de cinema num tempo em que os personagens femininos tinham um ar de mistério e sedução.

GRETA GARBO: Nascida na Suécia em 1905 com o nome de Greta Gustavson, foi para Hollywood nos anos 30 e virou mito. Foi eleita pelo Instituto Americano de Cinema como a quinta maior lenda da sétima arte. Fez grande sucesso com filmes românticos como Rainha Cristina, A Dama das Camélias. Mas na vida real cultivava um jeito de ser misterioso e solitário. Teve uma carreira meteórica, que abandonou no auge. Foi quando disse a famosa frase “I Want to be Alone” (Eu quero ficar sozinha). Na realidade, ela queria lidar com a ambivalência sexual, o que não podia naqueles tempos puritanos.

BETTE DAVIS: Ruthe Elizabeth Davis, nascida em 1908, até hoje é símbolo de mulher fatal. Sempre encarnou na tela personagens de estilo forte, quando não maldosas, num tempo em que as mulheres não tinham voz ativa. Seu estilo forte e intenso teve grande repercussão nos anos 30, época em que ganhou seus dois Oscar: por Perigosa em 1936 e por Jezebel em 1939. Teve êxito nos anos 50 com A Malvada e nos 60 com O Que Teria Acontecido a Baby Jane. Manteve-se ativa até às vésperas da morte, em 1989.

JOAN CRAWFORD: Seu nome verdadeiro era Lucille Fay LeSeur e começou a carreira nos anos 20, como dançarina. Nos anos 30, interpretava, pela MGM, jovens de origem humilde que batalhavam pela vida. Mas sua persona cinematográfica se definiu mais tarde, como mulher forte e ousada, em produções como Johnny Guitar e Alma em Suplício, que lhe rendeu o Oscar de atriz. A vida pessoal foi atribulada. Casou-se com o presidente da Pepsi nos anos 60 e foi acusada de maus tratos pela filha, Cristina, no livro escandaloso Mamãezinha Querida. Morreu em 1977, aos 73 anos.

KATHERINE HEPBURN: É a atriz recordista em número de Oscar, com quatro (Meryl Streep tem três). Ganhou o primeiro logo em um de seus primeiros trabalhos, Manhã de Glória. Venceu depois nos anos 60 (Adivinhe quem Vem para Jantar e o Leão no Inverno) e nos 80 (Num Lago Dourado). Trabalhou até quase o final, morrendo em 1994. Manteve longo relacionamento com Spencer Tracy, mas ele era casado e católico, nunca rompendo o casamento oficial.

MARLENE DIETRICH: A alemã atuava em filmes mudos em sua terra natal, até que sua atuação como uma cantora de cabaré em O Anjo Azul, de 1930, chamou a atenção de Hollywood. Fez enorme sucesso nos anos 30 com Marrocos, Divina Dama e Expresso de Xangai. Era ousada e transmitia uma imagem bissexual. Visitou o Brasil como cantora e gravou Luar do Sertão em português. Faleceu em 1992, aos 90 anos.

JEAN HARLOW: Foi uma das primeiras a usar o loiro platinum blonde, sua marca registrada. Estreou em 1930, com Anjos do Inferno, graças a seu protetor, o milionário recluso Howard Hughes. Transmitia imagem de deusa sensual nas telas, mas o marido, o produtor Paul Bern, era impotente e se suicidou por causa disso. A desgraça não a abandonou: em 1936, teve insuficiência renal, mas a mãe, fanática religiosa, não permitiu que tivesse atendimento médico. Morreu aos 26 anos.

Deixe uma resposta