Feminismo no cinema

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Thelma e Louise

As mulheres demoraram para assumir o protagonismo. Mas sempre houve as que desafiam as regras e deixam os homens em segundo plano.

1 – THELMA E LOUISE (1991), de Ridley Scott

Thelma (Geena Davis) era uma dona de casa sem noção e Louise (Susan Sarandon) uma garçonete oprimida pelo namorado. Até que elas resolvem viajar juntas num fim de semana. Aí tudo muda. De cara, Thelma é vítima de um estuprador, que é morto. As amigas precisam fugir por todo o país. Entre tantos contratempos, descobrem o prazer que serem donas de suas vidas.

2 – TOMATES VERDES FRITOS (1990), de Jon Avnet

Reprimida e com um marido que nem a enxerga mais, Evelyn (Kathy Bates) se enche de doces para compensar o vazio. Até que conhece Ninny (Jessica Tandy) num asilo. A velhinha conta a história de duas mulheres que desafiaram os costumes e administraram juntas um café de beira de estrada onde vendiam o prato do título. Com isso, Evelyn decreta seu grito de guerra: Towanda!

3 – FRIDA (2002) de Julie Taymor

A pintora mexicana Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da arte mundial do século passado. Pelo talento e pela vida anticonvencional. Desafiou limites e tabus, vivendo um casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina) e se relacionando com homens e mulheres. Trágica, foi atropelada por um bonde na juventude e passou por dezenas de cirurgias.

4 – AS HORAS (2003), de Stephen Daldry

Entrelaça as histórias de três mulheres de épocas diferentes. Em 1923, Virginia Woolf (Nicole Kidman) começa a escrever seu livro Mrs. Dalloway. Na década de 50, a dona de casa Laura Brown (Julianne Moore) se deixa afetar pela obra. Nos dias atuais, Clarissa (Meryl Streep) prepara uma homenagem ao amigo que está morrendo de aids. Nicole, com nariz postiço, ganhou o Oscar.

5 – A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE ANTONIA (1995), de Marleen Gorris

A protagonista é uma matriarca holandesa que volta para a propriedade rural de sua família após a Segunda Guerra Mundial. Forma  comunidade fora para os padrões, com espaço para um casal de mulheres, apoio para uma garota que era violentada pelo padrasto e um jovem que uiva para a lua. Ganhou o Oscar de filme estrangeiro, desbancando O Que é Isso, Companheiro?

6 – A COR PÚRPURA (1985), de Steven Spielberg

Baseado em obra de Alice Walker, conta a história de Cellie (Whoopi Goldberg) que, em 1909, na Géorgia, leva vida de gado. Estuprada pelo pai, tem dois filhos, mas é separada das crianças. Obrigada a se casar com Mister, que a trata como escrava, fica longe da irmã Nettie, a única que a ama. Foi esnobado pela Academia, não ganhando nada, apesar das 11 indicações.

7 – ERIN BROCKOVICH (2000), de Steven Soderbergh

Baseado numa história real. Erin (Julia Roberts) não parece ter nada de heroína. É uma perua vulgar, mãe solteira de três filhos, que não sabe que rumo dar à vida. Até que consegue um emprego num escritório de advocacia.  E começa a bisbilhotar num processo que implica a empresa Pacific Gas numa milionária indenização por água contaminada. Julia ganhou o Oscar.

8 – O PIANO (1993), de Jane Campion

A inglesa Ada (Holly Hunter) não fala desde os seis anos e tem uma filha pequena. Ela se muda para a Nova Zelândia na época vitoriana, quando o país começa a ser colonizado. Vem por conta de um casamento arranjado, mas se antipatiza de cara com o marido durão, que não transporta seu amado piano e o deixa na praia. Então se envolve com o administrador da fazenda.

9 – LANTERNAS VERMELHAS (1992), de Zhang Yimou

A trama se passa na China de 1920. Songlian (Gong Li) é uma garota forçada a se casar com um homem mais velho depois que sua família não pode mais custear seus estudos. Vira a quarta concubina. Ele avisa com quem passará a noite por um meio de uma lanterna acesa na porta da casa de cada uma das mulheres. Mostra a rede de intrigas entre as rivais para ser a preferida.

10 – UMA MULHER DESCASADA (1978), de Paul Mazursky

A originalidade começou por ter criado a palavra “descasada”. Conta que o mundo de Erica (Jill Clayburgh, falecida em 2010) cai quando, após 17 anos de casamento, o marido anuncia que está indo embora por que se apaixonou por uma garota. A partir do luto, ela começa a enxergar que nunca viveu em função dela mesma e que existe um mundo novo a descobrir.

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