O melhor de Jack Nicholson

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Depois de 60 anos de carreira, Jack Nicholson anunciou a aposentadoria do cinema. Deixa muitos fãs saudosos de suas interpretações marcantes e daquele jeito cínico que nenhum outro ator consegue ter.
1 – UM ESTRANHO NO NINHO (1975), de Milos Forman
Ele viveu o malandro McMurphy, que planeja escapar da prisão, se fingindo de louco. Vai parar no hospício e se arrepende amargamente, pois encontra uma enfermeira pior que qualquer carcereiro. Rendeu seu primeiro Oscar de ator. O filme foi marcante por conseguir os prêmios da Academia nas cinco principais categorias, o que não acontecia há 40 anos. Clássico total.
2 – O ILUMINADO (1980), de Stanley Kubrick
A cara dele dando machadada na porta e apavorando a família é um ícone do cinema. Seu personagem é o escritor Jack Torrance, que arruma um emprego diferente: tomar conta de um hotel que fica fechado durante um inverno por conta da neve intensa. O isolamento o deixa maluco. Dizem que Stephen King, autor do livro em que se baseou o roteiro, não gostou do resultado.
3 – MELHOR É IMPOSSÍVEL (1997), de James L. Brooks
Jack viveu outro escritor, Melvin Uddall, e ganhou o segundo Oscar da carreira pela interpretação. Há 20 anos, o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), característica do personagem, não era tão conhecido. A vida dele era cheia de regras e era dominado por uma ranzinzice que o senso de humor do astro tornou irresistível. Até que uma garçonete e uma criança o salvam…
4 – QUESTÃO DE HONRA (1992), de Rob Reiner
A máscara facial de Nicholson, nas cenas de tribunal ao lado de Tom Cruise, que vivia um jovem advogado, era de arrepiar. Ele vivia o coronel Nathan Jessup, que desejava a todo custo esconder o que havia acontecido num quartel e que ocasionou a morte de um soldado. A suspeita era de que o rapaz havia sido vítima de um “alerta vermelho”, uma punição extra-oficial.
5 – ANTES DE PARTIR (2007), de Rob Reiner
Um dos últimos sucessos de Nicholson, que marcou seu encontro em cena com Morgan Freeman, outro gigante das telas. Ele vive o bilionário Edward Cole, que está no mesmo quarto de hospital com o mecânico Carter Chambers (Freeman). Os dois são pacientes terminais, mas fogem para realizar uma lista de coisas que ainda não haviam conseguido realizar. Engraçado e comovente.
6 – LAÇOS DE TERNURA (1983), de James L. Brooks
Ganhou o Oscar de coadjuvante ao viver o astronauta Garrett Breed, que paquera a viúva Aurora (Shirley MacLaine, Oscar de atriz). O romance maduro era muito divertido, especialmente a cena do passeio de carro à beira da praia. Um alívio cômico para o drama da mulher que precisa se entender com a filha, Emma (Debra Winger), que se descobre portadora de um câncer.
7 – AS BRUXAS DE EASTWICK (1987), de George Miller
Nicholson utilizou todo o seu carisma para viver o diabo em pessoa. Ele chega na pele do milionário Daryl Van Horne, que chega à pacata cidade de Eastwick, na Nova Inglaterra. Isso acontece quando três mulheres frustradas no amor chamam o homem ideal. Cher, Susan Sarandon e Michelle Pfeiffer formaram o belo trio feminino na trama, que tem até um toque feminista.
8 – BATMAN (1989), de Tim Burton
O ator deu vida ao ensandecido Coringa e chegou a ser comparado, com desvantagem, para a encarnação surreal de Heath Ledger 15 anos depois. Mas Nicholson sempre dá um show em cena. À época, seu salário foi um recorde entre os atores. A visão do Homem Morcego ainda guardava um tanto de humor, ao contrário da visão sombria e pretensiosa de Christopher Nolan.
9 – ALGUÉM TEM QUE CEDER (2003), de Nancy Myers
Ao lado de Diane Keaton, ele estrelou uma comédia romântica que deu todo destaque ao casal de meia idade. Ele era Harry Sanborn, sessentão que não aceita a passagem do tempo e continua se envolvendo com garotas. Até que conhece a independente e bem-sucedida Erica, que o fará mudar de vida. As cenas no hospital, em que aparece de camisolinha, são muito engraçadas.
10 – AS CONFISSÕES DE SCHMIDT (2002), de Alexander Payne
O roteiro, baseado no livro de Louis Begley, mudou totalmente o enfoque da história, o que foi polêmico. Mas Nicholson brilhou novamente em cena como o personagem principal, Warren Schmidt, funcionário público que, depois de um casamento chato de 42 anos, se vê viúvo e aposentado. E não tem a menor ideia sobre o que fazer da vida. Uma visão acridoce a respeito da velhice.