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“Carcanhá de pato”

Nho-Quim_Edson-Rontani

Nhô Quim – na representação de Edson Rontani. (fonte: Memorial de Piracicaba – Almanaque 2002-2003, fascículo 3, agosto/2002)

Fui testemunha. Piracicaba acolhia os Jogos Abertos do Interior. Em 1958. As escolas desfilaram pela cidade em comemoração ao evento, homenageando os atletas. E os desfiles – na abertura dos jogos – encerravam-se no antigo “Campo do XV”, nosso templo do futebol, na rua Regente Feijó. No meu acervo, repousa uma fotografia que me dá saudade: a Mariana – então, minha namorada, que seria mãe de meus filhos – eu, a Maria Helena Monteiro e o Naldo, amigos nossos. Garbosos, nós, jovens salesianos, com nosso uniforme de gala, todo branco, com punhos azuis. E elas, com bermudas da Escola Normal.

Então, naquela manhã, esportistas e torcedores de Campinas – amontoados nas arquibancadas – iniciaram o coro que, pensavam eles, iria humilhar os piracicabanos, a nossa caipiracicabanidade. Cantaram:

Carcanhá de pato, perna de barata, bícaro de ganso, Peracecaba, Peracecaba.

Foi assim.  Mas, com o tempo – já orgulhosos de nosso caipiracicabanismo – nossa gente transformou a brincadeira no “Hino Popular do XV”. Virou um patrimônio cultural.

Hino Popular do XV

Cárxara de forfe,
Cúspere de grilo,
Bícaro de pato,

Ásara de barata,
Nheque de porteira,
Já que tá que fique,
Suvaco de cobra,

Sem óio de breque,
Óculos de raiban,
Carcanhar de bode,
Toceira de grama,

Já que tá que fique,
XV, crá, crá, crá.

(adaptado por alunos da Esalq; fonte: http://www.xvpiracicaba.com.br/hino/)

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