Proac, Governo do estado de SP

O Homem da Capa Preta

pexels-ksenia-chernaya-6617264

(foto: de Ksenia Chernaya, por Pexels)

Há quem perceba a sensação quase fantasmagórica envolvendo toda a região da antiga e pioneira fábrica de tecidos, a Santa Francisca, criada por Luiz de Queiroz. Vendida, posteriormente, ao então Senador Rodolfo Miranda, passou a chamar-se Fábrica Aretusina, nome em homenagem à mulher dele, Aretusa. Por último, foi a pujante Fábrica Boyes, cujas ruínas ainda estão lá, à beira do rio. Ao alto da Av. Beira Rio está o Solar de Luiz de Queiroz, depois adquiro por Rodolfo Miranda e, hoje, em propriedade particular…

Pelo menos como o vejo, é um lugar ainda sombrio. Ao lado, no Parque Ermelinda Otonni Queiroz – valorosa viúva de Luiz – permanece o silencioso e primitivo cemitério dos índios. Para mim, o lugar é lúgubre. E é minado por lendas, como a do Homem da Capa Preta. Na realidade, foi tudo mentira. Acontecia que moças e mulheres tecelãs, trabalhando na fábrica, tinham, algumas delas, romances clandestinos na região. Adultérios, aventuras, traições, infidelidades. Foi quando os casos se foram tornando públicos. E as mulheres reagiram, alegando terem sido violentadas por um homem misterioso. Chamaram-no de o Homem da Capa Preta. O pobre diabo – que nunca existiu – tornou-se responsável por tudo o que de aventuras amorosas aconteceu naquela área. Para evitar problemas maiores, passou-se a acreditar que o indigitado realmente existira…

Para conhecer outros conteúdos, acesse a TAG Guia da Terra.

Deixe uma resposta