Proac, Governo do estado de SP

Riqueza do nosso folclore

Joao-Chiarini

João Chiarini. (foto: acervo Cecílio Elias Netto)

Quando nos voltamos ao significado da palavra folclore, seremos muito pobres se não rendermos graças pela cultura popular piracicabana. “Folk” = povo; “lore”, conhecimento. É, pois, a fonte de tudo o que existe nos livros e no pensamento humano desde o começo de nossa história. O conhecimento do povo é o sacrário que a tudo sustenta, que a tudo nos permite sobreviver, que nos dá força, esperança e ânimo para enfrentar. Perder esse conhecimento, descuidar dele, menosprezá-lo é loucura que já levou povos e nações ao desaparecimento.

A riqueza folclórica da região caipiracicabana é inesgotável, mas ameaçada de ser esquecida pela materialidade dos tempos atuais. Em Piracicaba, existem, ainda, exibições frequentes do cururu, da caninha-verde, do samba-do-lenço, das modas de viola, de peças folclóricas que – somadas ao saboroso encontro com as mentiras de pescadores, contadores de causos, às lendas, aos mitos – compõem uma cultura popular especialíssima. É de se notar que o Brasil cultua a memória de seus três maiores folcloristas: Câmara Cascudo, Alceu Maynard de Araújo e João Chiarini. Significativamente, estes dois últimos – Alceu e Chiarini – são piracicabanos, inspirados por essa nossa abençoada “caipiracicabanidade”.

Perdoem-me, porém. Foi ousadia e atrevimento meus referir-me apenas pela rama a uma vastidão tão apaixonante quanto esse conhecimento do povo piracicabano, o nosso “folk-lore”. Penso, porém, ter sido necessário – para o propósito deste guia – fazer o registro.

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