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O “Nhô Quim” imortal

Além do peixe – que está na gênese de nossa história – um outro símbolo se tornou imortal: o “Nhô Quim”, imagem viva do nosso clube de futebol, o E.C.XV de Novembro, ou apenas XV. Tudo começou em 1948, quando o XV se tornou o primeiro time do interior a ingressar na Primeira Divisão do Futebol Paulista.  Não há como descrever – para os viventes de agora – o que foi, para Piracicaba, aquela conquista, um feito que apaixonou a cidade.

O jornal “A Gazeta Esportiva” era, à época, um dos mais influentes veículos de imprensa nacionais. E o futebol, uma paixão ainda mais explosiva do que atualmente. Estávamos às vésperas da Copa Mundial de Futebol no Brasil, em 1950. Tudo era orgulho, entusiasmo, alegria, tornados tristeza inenarrável com a derrota do Brasil, ao final, para o Uruguai. O XV e Piracicaba estavam mergulhados naquele universo nervoso e apaixonante. A “Gazeta Esportiva” criava, para os clubes, nomes figurativos, figuras, símbolos. O Corinthians era o Mosqueteiro; o São Paulo, o Velhinho; o Palmeiras, o Papagaio. Então, um dos jornalistas daquele diário, criou, para o XV, a figura de um caipira esperto, simpático. E o diretor do jornal, o célebre Thomaz Mazzoni, deu-lhe o nome: “Nhô Quim”. Aquela figura caipira era o “Senhor Quinze”, o “Nhô Quim” – uma síntese, pois, de toda uma nossa preciosa cultura que é a caipiracicabanidade.

Mas foi um jovem jornalista, desenhista, artista plástico de Piracicaba – Edson Rontani – quem, autorizado pelos criadores do personagem, deu a imagem definitiva, icônica, agora imortal do “Nhô Quim”. É, sem qualquer dúvida, um dos mais preciosos e importantes patrimônios culturais de nossa terra. Que, por isso mesmo, merece – e precisa! – ser mais cuidado. Quem ama cuida!

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