A força da mulher piracicabana: Lyson Glaster, que o Brasil aplaudiu

*Artigo e fotos/imagens  retirados do livro “Piracicaba que amamos tanto”, de Cecílio Elias Netto.

Desconhecida das atuais gerações, Lyson Gaster – nascida Agostinha Belber Pastor – foi um dos maiores expoentes da cena brasileira a partir de 1919, como cantora e intérprete. Espanhola de nascimento, veio criança a Piracicaba onde cresceu e viveu, no antigo bairro de Corumbatay, atual Santa Terezinha.

Audaciosa, iconoclasta, Lyson – que adotou o pseudônimo em 1919 – tornou-se uma das supremas estrelas do Teatro de Revista de sua época. Moça humilde, casou-se em Piracicaba com um também pobre sapateiro que faleceu. Mudou-se para a casa dos pais em São Paulo, trabalhando como costureira numa casa de modas. Sua beleza impressionava quantos a vissem. Atrizes de teatro eram clientes da loja e acabaram convencendo-a a ingressar no teatro de revistas, como “cantante”. A moça Agostinha hesitou muito e acabou cedendo.

A carreira foi vertiginosa, com sua vida teatral durando de 1919 a 1950.

Em 1926 – com Alfredo Viviani, seu segundo marido – criou a Companhia Lyson Gaster, que percorreu todo o Brasil, excursionando também para o exterior. Em 1946, o “Correio da Noite”, do Rio, definiu o casal como “Bandeirantes do Teatro”. Dela, Procópio Ferreira, falou, depois de vê-la no palco: “Minha admiração foi confirmada pela sua arte magnífica”.

Deixe uma resposta