Casamentos não-católicos eram notícia
Antes da proclamação da República, a Igreja Católica e o Estado, como se sabe, estavam unidos. O Catolicismo era religião oficial. Dessa maneira, “ser católico” era como que um dever de cidadania. E, por conseguinte, os “não-católicos” eram tidos e vistos como pessoas colocadas à margem. Registros de batizados e de casamento valiam como identidade civil.
Nesse contexto, era notícia não ser católico. E os casamentos “não católicos” tinham registros especiais, sendo notícia também. No ano de 1900, início do século, esses casamentos despertavam estranhezas, a ponto de merecerem registros especiais. Está no “Almanak de 1900”: “No livro de registro dos casamentos acatholicos, aqui celebrados, existem 19 contractos, sendo o primeiro do Snr. Henrique B. Graner, com data de 16 de Junho de 1866, e o último o do Snr. Melchior Krähenbühl, com data de 19 de Maio de 1888”.
Era muito forte o preconceito religioso. Mudou muito, quase 100 anos depois?
Leia mais em: “Preconceitos: a face triste“, do livro “Piracicaba, a doçura da terra”, de Cecílio Elias Netto.