Festanças e tradições caipiracicabanas: Cateretê ou catira

*Artigo retirado do livro “Piracicaba, a doçura da terra”, de Cecílio Elias Netto.

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É dança usada pelos catequistas, ainda difundida entre algumas regiões caipiras de São Paulo. É conhecida, também, na zona litorânea. Em São Paulo, os caipiras dançam com os pés descalços, batendo no chão, a que se dá o nome de “pisar nas cordas da viola”. São dois violeiros e cinco ou mais pares dançantes. Suas origens são vistas, por alguns estudiosos, como ameríndias.

No centro do salão, os dançadores formam duas colunas e à frente delas, um violeiro-cantador. Um dos violeiros é o “mestre”, sendo “contramestre” o outro. Isso quer dizer que fazem a primeira e a segunda vozes. Os violeiros cantam e batem os pés; os dançantes não cantam, mas batem pés e mãos. Os violeiros saem do lugar, dão a volta por fora das colunas, retornam pelo centro, voltam a seus lugares. A isso, dá-se o nome de “vorteá e cruzá”, dar a volta e cruzar.

Os dançantes aguardam os sinais e vão “parmeando e sapateando”, ou seja, batendo palmas e batendo os pés. O bater pés é conhecido como “pateio”, em oposição ao “parmeio”, que é o bater mãos. Os dançadores, em algumas regiões de São Paulo, usam tamancos.

O cateretê ou catira é, também, conhecido como xiba, o tradicional bate-pé.

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