Giocondo e bares amoráveis
Na Praça José Bonifácio, existia o Restaurante Giocondo, um dos locais – juntamente com a “Brasserie” – que mais assistiu a acontecimentos políticos e sociais. O restaurante pertencia à família Bandiera: criado por Giocondo Bandiera e, mais tarde, transferido para seu filho Alfredo Bandiera. Giocondo foi o antigo proprietário do Bar Commercial, onde se construiu o primeiro edifício vertical de Piracicaba, o “Georgeta Brasil”.
Para evitar confusões, o Giocondo divulgava-se como um “bar e restaurante familiar”, ocultando a boêmia que, ao longo das noites piracicabanas, o velho e romântico restaurante recolhia. A especialidade do Giocondo: “bebidas e comidas, quentes e frias, especialmente bifes”.
Nos anos 60, a família Bandiera vendeu o restaurante, que passou a ser propriedade de um líder da colônia japonesa, Oscar Nishimura. O nome passou a ser “Restaurante Alvorada”. Com a verdadeira morte do “velho centro” piracicabano, o bar também morreu, surgindo em seu lugar o Unibanco. Morreram, também, quase ao mesmo tempo, entre outros: a “Leiteria Brasileira”, no térreo do Clube Coronel Barbosa; “A Baiana”, no mesmo andar térreo, ao lado do Teatro São José; o bar do Tanaka, em frente ao Teatro São José; a “Nova Aurora”, de propriedade de João Cardinalli, um ponto chique, onde está o Bradesco; a confeitaria do Passarella, onde está o Banco Itaú; o “Café Imperial”, depois Dakota, onde se plantou o Banco Sudameris. Nos bairros e mesmo na área central, a mudança dos tempos também alterou a sentimental doçura boêmia caipiracicabana.
Boas lembranças…
Apenas uma correção: O Bar e Restaurante Giocondo foi fundado pelo Giocondo Bandiera, que, anos mais tarde, transferiu a propriedade a seu filho Alfredo Bandiera, que administrou o estabelecimento durante muitos anos, até aproximadamente 1945/1946, quando então transferiu para o Sr. Oscar.
Abraços, Cecilio !
Roberto de Carvalho Bandiera (filho de Alfredo Bandiera)
Olá, Roberto.
Cecílio pede pra lhe agradecer a correção: sim, ele sabia que o fundador foi Giocondo, que deu nome ao bar e restaurante – foi um descuido no registro. Já fizemos a atualização do texto, grata!
Mas Cecílio recorda-se (porque frequentava o local na década de 1950 e 60) que a transferência de propriedade para Oscar Nishimura foi só na década de 1960. Confere?
um abraço, Patrícia
Roberto creio que fomos colegas de Tiro de Guerra TG-36 em 1956. Frequentei muito o Bar mas penso que já era do Oscar. Roberto, você é irmão do Zé Maria Bandiera? Se é ou o cnhec pode me dar informações dele?
Jairo Teixeira Mendes Abrahão.
Olá Cecílio, um abraço. Sou José Maria de Carvalho Bandiera, irmão do Roberto e também filho do Alfredo Bandiera. Acho que nosso último contato foi no tempo da faculdade em Campinas. E o tempo passou. Não sei se o Roberto esclareceu a respeito da venda do Bar Giocondo para o sr. Oscar. Eu era muito pequeno mas esclareço que meu pai faleceu em 1947 e já não estávamos mais no bar. Já tinha vendido. Essa venda deve ter ocorrido mesmo em 1945 ou 1946. Quanto ao Jairo Teixeira Mendes Abraão, fiquei muito satisfeito de você Jairo se lembrar de mim. Tenho boas lembranças de nosso tempo de ginásio. Moro em Ribeirão Preto e meu e-mail é [email protected]. Espero um contato. Abraços
Olá, sr. José Maria, muito grata por seu contato. E nos desculpe a longa demora em responder.
Cecílio diz que lembra com alegria do Bar Giocondo, onde começou a frequentar, junto com colegas, em 1954 – no dia do suicídio de Getúlio Vargas. Ele tinha, então, 14 anos. E, na época, o grupo de jovens era atendido por pessoas da família Bandiera. Alguns anos mais tarde, Cecílio também se lembra da chegada do sr. Oscar, que era muito próximo da família de seus pais. Por isso as referência do texto.
um grande abraço,
Cecílio, amigo querido, você se esqueceu do “Vicentão”, depois “Hernani’s”, onde fora o Salão Central da mãe do Agmar!
Jairo T. M. Abrahão
Olá, sr. Jairo, td bem?!
Cecílio pede pra lhe agradecer, dizendo que se esqueceu.
um abraço,