Mistérios e Segredos do Bongue

bongue

MORRO DO BONGUE – Foto: Davi Negri

É um dos espaços mais misteriosos de Piracicaba, onde lenda e realidade se unem, onde o peso de fantasmagorias está solto no ar. Foi um espaço espiritual intocável, nossos ancestrais sabiam disso.

A própria palavra “bongue” é revestida, ainda agora, de mistérios e de segredos não desvendados, gritos de escravos, de índios foragidos, o lugar onde a Inhala Seca se refugiou para inquietar almas atormentadas. Pelos ruídos, acreditou-se que “Bongue” fosse o bongo, instrumento dos negros. Mas a palavra, em tupi-guarani, relaciona-se a “ponga”, “pongá”, “bonjy”, “bongá”, coisa que ressoa, ruído confuso, de som metálico, como o da araponga. Esses ruídos poderiam ser, conforme Mestre Guilherme Vitti, “ecos quando se emitem gritos ou alaridos, em razão do conformato do morro em
curva”.

Na imaginação do povo, o “bongue” eram gritos de arapongas e os gemidos da Inhala Seca.

Conheça o o livro Piracicaba, um rio que passou em nossa vida, de Cecílio Elias Netto.

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