Mulheres Inovadoras (2)

Hidrometro-geladeira-seringa

Invenções úteis

Na era contemporânea, invenções das mais variadas provocam profundas transformações na organização da sociedade, como o sistema de aquecimento de automóveis, inventado pelo engenheira mecânica Margaret Wilcox, em 1893; a seringa para aplicação de substâncias por meio de um pistão, criada por Letitia Mumford Geer, em 1899, facilitando bastante a vida dos profissionais de saúde; o limpador de para-brisa – sistema automático para limpar o vidro dianteiro do carro em dias de chuva ou neve, ativadas por dentro do veículo – criado em 1903 pela norte-americana Mary Anderson; e a geladeira elétrica, invenção de Florence Parpat, em 1914, aprimorando os modelos anteriores e deixando obsoletas as máquinas de fazer gelado, também criada por uma mulher, Nancy Johnson, em 1843, nos Estados Unidos.

A facilidade em criar utensílios e aparelhos úteis ao dia a dia do lar foi um ponto forte das mulheres inovadoras: em 1885, Sarah E. Goode foi a primeira mulher afro-americana a receber uma patente nos Estados, ao inventar a cama dobrável (resolvendo o problema de falta de espaço em pequenos ambientes); a primeira máquina de lavar louças automática, patenteada em 1886, foi desenvolvida pela americana Josephine Cochran, que apresentou sua invenção na Feira Mundial de Chicago, em 1893; e a tábua de passar roupas foi criada por Sarah Boone, em 1892.

Em busca de praticidade, a mulher também inventou o filtro de café (por Mellita Bentz, em junho de 1908, na Alemanha); a fralda descartável (por Marion Donovan, também responsável pela substituição de alfinetes, perigosos para as crianças, por lacres de plástico, em 1951, Estados Unidos); a lixeira com pedal (por Lillian Gilbreth, engenheira industrial, também conhecida por aperfeiçoar invenções com pequenos ajustes, projetando as prateleiras posicionadas nas portas da geladeira e melhorando o abridor de latas elétrico).

Especialistas em segurança

Na área de segurança, a mulher é a responsável pela criação do Flare de Coston, um dispositivo para sinalização no mar (sistema pirotécnico de sinal noturno e código, lançado por Martha Jane Coston, em 1859, nos Estados Unidos); do bote salva-vidas, à prova de fogo e compacto, concebido por Maria Beasley, em 1884, e que impediu centenas de mortes em um dos acidentes de navios mais trágicos da história, o naufrágio do Titanic, em 1912; a saída de incêndio (tradicionais escadas, posicionadas ao lado de prédios com uma estrutura de grades), inventada por Anna Conelly, em 1887; e o sistema de monitoramento doméstico (circuito fechado de televisão), desenvolvido pela afro-americana Marie Van Brittan Brown, em 1969.

Filha de imigrantes poloneses, a química americana Stephanie Kwolek foi responsável por criar, em 1966, uma família de fibras sintéticas ultrarresistentes, mas que também eram bastante maleáveis. A tecnologia, batizada de “Kevlar”, foi aplicada em aviões, pneus, barcos e até raquetes de tênis, ficando, porém, mais conhecida pelo uso em coletes à prova de balas. É aplicada, também, em cintos de segurança, linhas de pesca e até em aparelhos celulares.

A norte-americana Katharine Burr Blodgett, primeira mulher a obter um Ph.D em física pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, revolucionou a ciência e o cinema ao criar o ‘vidro invisível’, utilizado em 1939 no clássico filme “E o vento levou”, ganhador de 10 prêmios Oscar, incluindo o de Melhor Fotografia, já que as imagens, à época, foram consideradas impecáveis. Extremamente fino e com baixíssimos níveis de reflexo e distorção, o ‘vidro invisível’ modernizou as tecnologias de câmera e melhorou, significativamente, aparelhos como projetores, periscópios submarinos, microscópios, telescópios, entre outros.

Em 1947, duas mulheres, Maria Telkes e Eleanor Raymond, se destacaram como precursoras do aproveitamento da energia solar, ao desenvolverem o primeiro sistema de painéis solares para uso residencial (aquecedores de casa). Muitos anos antes, em 1918, Alice Parker havia inventado o que seria o precursor dos sistemas de aquecimento centrais que conhecemos hoje. O mecanismo distribuía o calor de uma fornalha pelas divisões da casa através de tubos.

(continua)

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[Estes conteúdo e imagem foram retirados do livro Mulheres Semeadoras de Cultura”, co-autoria de Cecílio Elias Netto, Arnaldo Branco Filho e Patrícia Fuzeti Elias. Saiba mais sobre esta e outras obras publicadas pelo ICEN.]

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