O Passo da Paixão, o único

*Artigo e fotos/imagens  retirados do livro “Piracicaba que amamos tanto”, de Cecílio Elias Netto.

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Um dos principais – senão, o principal – tesouros artísticos e históricos de Piracicaba está, com humilde recolhimento, quase escondido na Rua Prudente de Morais, próximo à Praça José Bonifácio. Trata-se do Passo da Paixão, obra notável do “pai das artes” piracicabanas, Miguel Arcanjo Benício Dutra, o Miguelzinho. Os “passos” são, desde os tempos coloniais, pequeninas capelas que demarcam as estações da Via Sacra. E, também, representações pictóricas ou esculturais de cada uma das cenas.

O Passo da Paixão, de Piracicaba – inicialmente denominado Passo São Vicente de Paula – é o único remanescente no Estado de São Paulo, após a mudança de outro, na cidade de São Vicente. Sua origem data de 1873. Foi, na segunda metade do século 20, restaurado e está sob a administração da Catedral de Santo Antônio.

“Louvando Mariana…”

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O Passo da Paixão não é apenas um patrimônio religioso, cultural e artístico de Piracicaba. Para as gerações mais antigas, continua sendo, também, um patrimônio sentimental. Chamá-lo de “Passo da Paixão” é rememorar e reverenciar o sofrimento de Jesus Cristo, sua Paixão e, também, paixões humanas que, timidamente, se camuflavam em orações. Rezas do sagrado das pessoas, mas do profano delas. Lembro-me de procissões, de quermesses, de recitações de terços, de velas acesas, de penumbras, de orações fúnebres, do agoniado canto da Verônica na madrugada das Sextas Feiras Santas.

 

 

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