Piracicaba , o XV e a Caterpillar

Sabem, aquele ditado popular: “Quem beija meu filho me adoça a boca?” Pois é. Aconteceu com a Caterpillar e Piracicaba. Ao se instalar, ainda bebezinho, despertou alegria de uns, expectativas de outros, na eterna dúvida caipira do “ver para crer”. Ela engatinhou, começou a andar, teve a sua meninice que despertou gostosuras na população. Ao chegar à adolescência, impôs-se com rebeldia, mostrando aquilo a que viera.

O caipiracicabano acendeu o cigarro de palha, tomou da viola, ficou orgulhoso, aproximou-se dela e chamou-a pelo apelido carinhoso, CAT. Então, ela cresceu, amadureceu, tornando-se exuberante mulher. E distribuiu, em abundância, a sua generosidade em todas as áreas da cidade, na cultura, na preservação ambiental, em atenções sociais. De repente, sem pedir licença, a Caterpillar resolveu abraçar o grande amor, a grande paixão de Piracicaba: o Esporte Clube XV de Novembro, o pobrezinho, mas glorioso, “Nhô Quim”. Pareceu a história da Dama e o Vagabundo, amor indissolúvel.

A Caterpillar, agasalhando e abraçando o XV, passou a integrar a mais vibrante fraternidade piracicabana, a dos “quinzistas”. Mais do que ser respeitada, admirada, mais do que despertar o nosso orgulho – ela é, agora, bem-amada. Pois desfralda bandeiras alvinegras, torce nas arquibancadas e nas gerais, grita gol até ficar rouca. Ela, a CAT, “é nóis”.

Esses são artigo e foto retirados do livro “Piracicaba que amamos tanto”, de Cecílio Elias Netto. Saiba mais sobre a obra.

Deixe uma resposta