A boa caninha piracicabana já em 1924
Publicado em 1924 por Roberto Capri, requintado livro denominado “São Paulo Capital Artística “, destaca, em Piracicaba, duas empresas: “A Industrial”e “Paolieri & Bergamin, depósitos de aguardente e álcool” . “A Industrial”, localizada à rua do Comércio 75, se constituía em fábrica de massas alimentícias, que também trabalhava com beneficiamento de arroz, refinação de açúcar e torrefação de café. (NR: Trata-se da atual Rua Governador Pedro de Toledo (em 2007), nas proximidades esquina da Rua São José, tendo como referência o prédio Mimi Fagundes.)
Segundo a matéria, a produção diária era de 100 sacos de farinha de trigo, 20 sacos de açúcar na refinação, 150 de arroz, 40 sacos de fubá. E acrescenta: “há fabricação de macarrão com ovos, que são a sua especialidade. Pela qualidade dos seus produtos tem conseguido as maiores onorificencias. Foi premiada, em 1914 a Milão, Itália, com o Grande Prêmio e Medalha de Ouro, e, no Rio de Janeiro, em 1908, com a Medalha de Prata”. A fábrica ocupava meio quarteirão, entre a Rua do Comércio, Rua São José e Rua da Glória.
Já Paolieri & Bergamin, localizada a Rua Boa Morte 202, se constituía em depósito de aguardente e álcool, com capacidade de armazenagem de 450 mil litros.(NR: em frente ao Lar Escola Coração de Maria Nossa Mãe, pela referência de 2007). Sua principal produção era a caninha “A Brasileira” e o anúncio ainda destacava a empresa como “fábrica de finos licores e demais bebidas sem álcool a cargo de componente químico”.