Canoas de um só tronco, que transportavam até 400 arrobas

O interesse que despertavam as matas de Piracicaba pela madeira que forneciam a fabricação das embarcações chegou a ser registrado no livro “Viagens pelo Brasil ( 1817-1820), na palavra do então capitão-mór de Porto Feliz, ao fazer o que o autor definiu como “descrição desanimadora das canseiras e dos perigos das viagens entre Porto Feliz e Cuiabá: as embarcações utilizadas são cavadas de modo igual àquelas dos lagos das montanhas bávaras, num só tronco de peroba ou timboúva; têm de cinquenta a sessenta pés de comprimento, cinco e meio pés de largura, três até quatro pés de fundo e podem levar uma carga de até quatrocentas arrobas, além das necessárias provisões. A maioria delas são fabricadas nas belas matas virgens do rio Piracicaba, que se lança no Tietê onze léguas ao noroeste de Porto Feliz. Em geral, a tripulação é de oito homens, que empregam remos curtos e empurram com compridos varejões, visto a estreita embarcação não permitir velas”.

 

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