A capelinha de Santa Cruz do Aleixo

O texto abaixo foi publicado em outubro de 1987 no semanário impresso A Província. Recuperamos para lembrar os 30 anos de atuação em Piracicaba.

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Santa Cruz do Aleixo (a primeira). Desenho em bico de pena por Archimedes Dutra, 1935. Coleção de Monsenhor Jamil, Rio Claro.

À Rua Rangel Pestana à altura da Rua Tiradentes havia uma pontinha — que o povo a denominou “Pontinha Quebrada”, que foi substituída no 1º governo de Luciano Guidotti (1956).

No lado direito de quem subia a Rua Rangel Pestana, no fundo da ex-quadra de tênis do “Parque Clube”, havia a Capela de Santa Cruz do Aleixo.

Aqui, depositavam-se muito as peças da imaginária religiosa, é claro, na sua totalidade quebrada.

Era “pecado” jogá-las no lixo no estado em que se encontravam. Isso constituiu-se em ato, que se tornou hábito, resultando em promessa.

A Rua do Rosário iniciava-se no antigo Matadouro, depois, da ex-Estação Sericícola, finalmente, Casa da Agricultura. Vinham as boiadas pela “Ponte Velha”, mas passavam-na, ainda, as tropas de muares e asininos, que subiam a Rua Campos Salles, dobrando-se à direita da Rua do Rosário.

Ambas formavam a estrada boiadeira no rumo de Botucatu.

As tropas não se acantonavam no Páteo do Largo de São Benedito, que ainda não tinha este nome. A igreja de São Benedito é de 1892, já o escrevemos.

Antes, havia em seu lugar a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Protetora da raça negra. Daí o nome de Rua do Rosário.

A 1ª capela (a do Rosário) foi obra do Barão de Serra Negra; a 2ª , a igreja de São Benedito (beato Benedito), do Barão de Rezende.

Antes, de 1935, a Santa Cruz do Aleixo foi demolida. Construiu-se outra à Rua do Rosário, entre a Rua Rangel Pestana e Rua D. Pedro II, lado par.

Depois, a nova construção sumiu, como acontecera, com a CapeIa de Santa Cruz, no largo do mesmo nome.

Esta foi, sim, consequência do término da igreja do Bom Jesus, projeto de Paulo Nardin. Foi inaugurada (a 5ª) em 1935, por Luiz Dias Gonzaga, com discurso de Francisco Lagreca.

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