Cemitérios antigos: no “Assunção” e no “Grupo Moraes Barros”

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(imagem de Schmidsi / Pixabay)

Durante muitos e muitos anos, até meados deste século, as superstições piracicabanas e as lendas de nossa terra diziam que os locais onde se localizam os atuais Colégio Assunção e a escola Moraes Barros – ainda conhecida como Grupo Escolar Moraes Barros – eram assombrados. Por exemplo: namorar naquela área era perigoso, pois fantasmas poderiam aparecer. Ora, as lendas originam-se de algo concreto. E o povo se encarrega delas, bem como de suas próprias superstições.

De qualquer maneira, houve motivos para o “medo de assombrações”. Antes de ser escola, o “Moraes Barros”, na Praça Tibiriçá, era um cemitério – o primeiro de Piracicaba. E onde está o Colégio Assunção, foi o “Cemitério da Boa Morte”, fundado e projetado pelo grande Miguel Arcanjo Benício Dutra, o Miguelzinho, e de propriedade da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte.

Sabe-se que este cemitério existiu até o ano de 1870, sendo o local onde as famílias mais aquinhoadas preferiam sepultar os seus mortos. No testamento da filha do Marquês de Monte Alegre, por exemplo, Maria Inês da Costa de Carvalho, há a determinação de que ela “fosse enterrada nos cemitérios da rua Boa Morte, entre os seus irmãos”.

Há fundamento, pois, para que a imaginação popular tenha visto “fantasmas” naqueles locais.

[Este conteúdo foi publicado no “Almanak de Piracicaba”, editado pelo jornalista Cecílio Elias Netto, do jornal impresso “A Província”, que circulou como suplemento do jornal “A Tribuna Piracicabana”. Para este projeto, foram elaborados vários fascículos ao longo do período de novembro de 1995 a agosto de 1997.]

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