Cinema nacional sem público, já nos anos 70

Quando, em 1971, o empresário Francisco Andia anunciou que construiria em Piracicaba o primeiro drive-in, a expectativa tomou conta da cidade. Segundo ele, que respondia pelos cines Politeama, Broadway, Paulistinha e Colonial, em Piracicaba, o drive-in teria capacidade para 200 automóveis e ainda restaurante que atendesse aos clientes.

À época, entretanto, sua análise sobre o público que fazia do cinema diversão semanal, indicava que não era possível programar filmes nacionais com freqüência, a menos que se pretendesse enfrentar o prejuízo. Em entrevista ao jornal “O Diário”, Andia garantiu que a média de lotação dos cinemas, em casos de filmes estrangeiros, era de 70%, enquanto que com os filmes nacionais não ultrapassava os 20%. Duas exceções foram mencionadas: os filmes com o cantor Roberto Carlos e o recentemente produzido “Meu pé de laranja lima”, baseado em romance de José Mauro de Vasconcellos.

Naquele período, os maiores sucessos em Piracicaba haviam sido “Romeu e Julieta”, que permaneceu por 17 dias em cartaz, e “Se meu fusca falasse”, que pode ser assistido por 15 dias seguidos.

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