Contra a prostituição, agricultores em greve

Um fato inusitado ocorreu em 1968, relatado pelos jornais locais, quando o bairro Dois Córregos ainda era área rural pouco habitada em Piracicaba. Um grupo de proprietários rurais enviou ofício aos delegados de polícia, Joseph Cella, protestando contra a instalação de uma “casa de tolerância” em terreno daquele bairro.

O grupo, que pedia providências enérgicas das autoridades policiais, ameaçava paralisar suas atividades rurais nos terrenos que circunvizinhavam a residência “desde que nossos filhos e filhas não serão enviados para as colheitas e cultivação da terra, para o bem da moral”. O ofício ainda informava que “todos os danos financeiros que advirem dessa conseqüência ficarão a cargo dos responsáveis pela corrupção”.

Os jornais não registram o resultado da advertência, mas, nos dias seguintes, várias notícias informavam de blitz feitas pela polícia em várias regiões, como Avenida Centenário, Rua Aquilino Pacheco e Rua Padre Galvão, autuando responsáveis por “casas que recebiam casais para curta permanência em seus quartos”. No mês seguinte, a Guarda Municipal Noturna inaugurou um posto de serviços na Avenida Piracicamirim.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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