Dedini chegou a empregar 30% dos trabalhadores da indústria

Entre os vários estudos já realizados sobre Piracicaba, destacam-se análises, inclusive premiadas, do prefeito Barjas Negri, quando docente da UNIMEP e da UNICAMP. Em um deles, voltado à análise da indústria suco-alcooleira, o economista levanta dados sobre o desenvolvimento industrial do município entre os anos 60 e 80, mostrando que o grupo Dedini – no caso a Metalúrgica Dedini, Mausa, Codistil, Morlet, Motocana e a Siderúrgica – chegou a empregar cerca de 30% da força de trabalho existente na indústria Piracicaba. Segundo o censo industrial de 1960, a cidade possuía, em 1959, 387 estabelecimentos da indústria de transformação empregando 7.828 pessoas. No mesmo período, o grupo Dedini empregava 2.192, aparecendo num segundo plano as usinas de açúcar e a Cia Boyes.

Em 1970, a cidade já passaria a contar com 612 estabelecimentos da indústria de transformação, empregando 11.828; em 1980, o número de pessoas ocupadas chegaria a 24.340. Pelo estudo, “o crescimento da indústria foi tal que o valor de sua transformação industrial cresceu a uma taxa média real de 17% ao ano, superior ao verificado na região administrativa de Campinas e no próprio Estado. Entre os municípios de porte médio do interior, apenas os de Sorocaba e Taubaté tiveram taxas de crescimento equivalentes”.

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