Fundação do XV na memória de um cronista

Foto: Acervo A PROVÍNCIA (Cópia. Original: Rubens Guerrini). Década de 20.

o Esporte Clube Vergueirense e do Esporte Clube 12 de Outubro. Mas quem eram estes clubes? Crônica de Antonio Belmudes de Toledo, um dos fundadores do XV, publicada em 1935, reconta as origens do clube mais popular da cidade.

“Nem ao “Vergueirense” e nem ao “12 de outubro” podia se dar o nome de clube, propriamente dito, uma vez que nem um e nem outro possuíam diretoria, quadro social definido e os estatutos regimentais necessários.

O primeiro era, por assim dizer, “propriedade” dos irmãos Pousa e seus parentes, residentes à rua Vergueiro e que “aceitavam” a colaboração dos vizinhos daquela rua para poderem ter o número necessário para organizar os treinos e jogos que se realizam num campo em aclive de mais ou menos 40m de lado, na esquina da rua Luiz de Queiroz com a antiga rua do conselho (hoje Regente Feijó)…..O “12 de Outubro” pertencia aos irmãos Guerrini, residentes, então, na Rua Santo Antonio, e treinava na antiga chácara do Sebastião Peroba, precisamente no local onde hoje o XV tem o seu estádio…Naquela época, os futebolistas que não pertenciam aos quadros formados pelos alunos da escola Prática de Agricultura Luiz de Queiroz outra coisa não desejavam senão organizarem um time capaz derrotá-los. Como o Vergueirense era amigo do 12 de outubro e como ambos tinham inimigos comuns, e como sozinhos não podiam viver, resolveram um dia fazer a fusão, organizando-se num quadro social, com diretoria de verdade. O candidato a presidente de ambas as partes era o cirurgião dentista Carlos Wingeter, que alvitrou o nome de Esporte Clube XV de Novembro”.

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