Igreja do beato São Benedito
O texto abaixo foi publicado em outubro de 1987 no semanário impresso A Província. Recuperamos para lembrar os 30 anos de atuação em Piracicaba.
A igreja de São Benedito foi obra da família do barão de Rezende, notadamente Lydia de Rezende, filha deste.
Nem o barão de Serra Negra teve alguma inclinação à Nossa Senhora do Rosário. Comumente, a patrona dos negros é essa. Pelo menos na Cultura Espontânea.
Como no solar dos barões acima havia o mocambo dos negros, estes veneravam Nossa Senhora do Rosário. Isso porque São Benedito não consta da agiologia.
São Benedito nasceu na Itália, filho de pais italianos. A cor de sua pele é discutível. Foi cassado por Paulo VI, porque era, simplesmente, beato. Nunca foi santo.
É evidente, lógico, que existiram dezesseis (16) papas (Benedictus). Todos caucasóides.
No Brasil, relaciona-se muito o nome Benedito com o negro. No mesmo sentido com Sebastião. Os brancos que levam o nome Benedito, geralmente, abreviam-no, como acontece em Piracicaba.
A Igreja de São Benedito, no largo do mesmo nome, com a Rua do Rosário, é de 1892.
Os sinos foram doações do pai do professor José de Mello Moraes, como promessa, para que se curasse de grave moléstia (hanseníase).
A parte inferior, as entradas laterais foram muradas, porque o pessoal dormia nessa área, ao tempo das saídas de ônibus do largo.
O padre J. Batista Ferraz, que residiu onde está a Escola “João Wesley” foi seu vigário por longos anos.
Foi o monsenhor José Nardin quem reformou toda a igreja. Onde, hoje, estão a “Curia Diocesana e o Tombo” era uma travessa. O sobradinho foi construído posteriormente.
As laterais, havia os jardins, que foram substituídos pela Prefeitura e pelo Forum.
No local dos mastros, à frente dessa, erguiam-se as palmeiras imperiais, que foram plantadas por D. Pedro II e comitiva real.
Foram “decepadas” no primeiro governo de Luciano Guidotti.