Krahenbuhll faz carruagens quando São Paulo só tinha cinco

Este texto foi publicado, originalmente, no jornal impresso “A Província”, em sua edição de outubro de 1998.

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(imagem: Pixabai)

No ano de 1850, havia apenas cinco carruagens em São Paulo: a do bispo, a da Marquesa de Santos, a do Comendador Souza Queiroz (tão vinculado à Piracicaba), a do Barão de Limeira (também gente nossa) e de Gavião Peixoto. A carruagem de Rafael Tobias não conta, pois se tem como certo que, por ser amante da Marquesa de Santos, era a dela que ele usava pelas ruas paulistanas.

Foram os Krahenbuhll, porém, que deflagraram o surto industrial de São Paulo, fabricando exatamente carruagens, “tipo de carro de quatro rodas conhecido como locomóvel”. Eles tinham vindo para Piracicaba onde se instalaram na Colônia São Lourenço, criada pelo Senador Vergueiro. Deixando a colônia, os Krahenbuhll montaram uma indústria de tração animal na então Vila Nova da Constituição. Era a indústria nascendo em São Paulo, com os troles que os Krahenbuhll haviam criado.

Quando os troles surgiram em São Paulo, já se sabia que, desde 1868, eles eram conhecidos em Piracicaba, sendo usados por alemães, norte-americanos e brasileiros.

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