Luiz de Queiroz contra “bodoques de elástico”

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(imagem: Pixabai)

Piracicaba não tem, ainda, o escritor que contasse os dissabores e amarguras de Luiz de Queiroz, que pagou caríssimo e duramente por seu idealismo e espírito de pioneirismo. Até contra a criançada da época Luiz de Queiroz precisou lutar, conforme consta de requerimento na Câmara Municipal.

Ocorreu que, pioneiramente, Luiz de Queiroz havia, às suas próprias custas, instalado a iluminação elétrica pública em Piracicaba. Era um pioneirismo fantástico, pois Piracicaba era a segunda cidade do Brasil – sendo Campos, no Rio, a primeira – a ter aquele benefício. Foram 120 lâmpadas nas ruas da cidade, com as primeiras experiências realizadas em 2 de agosto de 1893, acontecendo a inauguração oficial no dia 6 de setembro do mesmo ano.

A essas alturas, Luiz de Queiroz já estava em grandes dificuldades financeiras. Suas divergências com os Morais Barros tinham sido, conforme alguns estudiosos, causas de muitas de suas dificuldades. E, então, aconteceu que a garotada da época começou a estourar as lâmpadas das ruas, todas elas importadas. (Há uma versão de que os Morais Barros pagavam a molecada para quebrar as lâmpadas.)

E, então, sendo vereador à Câmara Municipal, Luiz de Queiroz apresentou um requerimento pedindo que a edilidade proibisse o uso, em Piracicaba, de: “bodoques de elástico”, os velhos bodoques que sempre existiram. Pois, segundo Luiz de Queiroz, era com os bodoques que a molecada quebrava as suas lâmpadas. O requerimento foi apresentado no dia 2 de outubro de 1893.

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